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ATLETISMO
Exame do vice-campeão mundial dos 400m colhido no GP Brasil, em maio, ameaça presença na Olimpíada
Sanderlei Perrela é pego em antidoping
DA REPORTAGEM LOCAL
A CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) informou ontem
que uma amostra de urina de
Sanderlei Parrela, 25, detectou a
presença da substância metabolite norandrosterone (esteróide
anabolizante). A entidade havia sido comunicada do fato pela Iaaf (Federação Internacional de Atletismo).
O exame foi feito em um laboratório credenciado pela Iaaf em
Montreal, no Canadá. A amostra
foi colhida no dia 14 de maio, durante o GP Brasil de
atletismo, disputado no Rio.
De acordo com as normas da
entidade, Parrela está suspenso
provisoriamente, desde o último
dia 29. Seu caso deve ser apreciado agora pelo TJD (Tribunal de
Justiça Desportiva) da CBAt.
Após a decisão da CBAt, a Iaaf
irá marcar uma data para julgar o
brasileiro, que estava classificado
para a prova dos 400 m rasos nos
Jogos de Sydney.
"Com um pouco de sorte, acredito que possamos conseguir realizar esse julgamento antes da
Olimpíada", afirmou Luiz Alberto de Oliveira, treinador de Sanderlei, que era uma das maiores
esperanças de medalha para os
Jogos de Sydney.
Sanderlei conseguiu a classificação olímpica após conquistar a
medalha de prata no Mundial de
atletismo, disputado no ano passado, em Sevilha, na Espanha.
O atleta brasileiro ficou atrás
apenas do norte-americano Michael Johnson, que bateu o recorde mundial naquela prova, com o
tempo de 43s18.
A última competição disputada
por Sanderlei Parrela foi o Meeting de Atenas, no dia 28 de junho.
O brasileiro ficou com a medalha
de ouro na prova dos 400 m, vencendo o mexicano Alejandro Cardenas e o norte-americano Antonio Pettgrew.
"Fiquei sabendo do resultado
da prova A pouco depois do Meeting de Atenas. Liguei para o Sanderlei, que estava na Itália (ele ia
competir em Zagreb, na Croácia).
Falei para ele voltar para os Estados Unidos", afirmou Luiz Alberto de Oliveira, 55, treinador de
Sanderlei Parrela.
Segundo Oliveira, o atleta continua treinando nos EUA.
"Mas ele chora quase todos os
dias. Isso vai abalar a credibilidade dele e minha, que sou seu treinador. Sempre lutei contra esse tipo de artifício e garanto que o
Sanderlei jamais fez uso de qualquer tipo de droga", afirmou Oliveira.
A CBAt só divulgou um comunicado oficial após a realização da
contra-prova com a amostra B de
urina. Neste exame, foi novamente detectada a presença da metabolite norandrosterone.
"Mandamos um toxologista
(David Black) acompanhar o exame e foi constatado que a urina
poderia estar um pouco contaminada", afirmou o treinador.
A tese será a base para a defesa
do atleta brasileiro. Segundo Luiz
Alberto de Oliveira, o PH da urina
na amostra A era de 7,3. Já a
amostra B estava com PH de 5,2.
Uma diferença que, para Oliveira,
poderia fazer com que o exame
desse a alteração.
Segundo Oliveira, a urina estava
com sua cor alterada de uma
amostra para a outra.
"O Sanderlei me falou que é
quase impossível ter sido resultado de algum suplemento alimentar que ele tenha tomado. Ele toma as mesmas vitaminas há quatro anos", afirmou Oliveira.
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