|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CBF já admite adiar o Brasileiro
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
O Campeonato Brasileiro pode
não começar no dia 1º de agosto,
data estipulada no calendário
quadrienal divulgado no fim de
junho pela CBF (Confederação
Brasileira de Futebol).
A informação foi dada ontem
pelo vice-presidente jurídico da
entidade, Carlos Eugênio Lopes.
Isso porque a CBF não conseguiu cassar a liminar, concedida
pela 21ª Vara Cível do Tribunal de
Justiça do Pará à Prefeitura de Belém, que determinou a inclusão
do Remo na primeira divisão.
Segundo Lopes, a CBF terá que
esperar o fim do recesso da Justiça
paraense, no dia 1º de agosto, para
que ela analise o recurso impetrado pela entidade contra a liminar
que beneficiou o Remo.
"Enquanto essa situação não for
resolvida, o campeonato não terá
início", afirmou o vice jurídico.
Lopes admitiu temer que a Justiça paraense protele o caso só para forçar a CBF a incluir o Remo
na competição. O dirigente disse
ainda que a entidade pretende entrar com recurso no STJ (Superior
Tribunal de Justiça) caso não consiga reverter a situação.
Simultaneamente à briga jurídica, a entidade está sendo pressionada pelo Clube dos 13, que já
ameaça entrar com uma ação de
perdas e danos caso o Brasileiro
não seja realizado.
Os grandes clubes estão propensos, ainda, a agilizar a criação
da Liga Nacional de Clubes, que
seria a responsável pela organização dos campeonatos brasileiros.
No ano passado, a CBF ficou
impedida de organizar o Brasileiro porque o Gama, rebaixado em
1999, entrou na Justiça comum,
exigindo sua inclusão na divisão
de elite. A solução encontrada foi
realizar a Copa João Havelange.
Outra briga travada pela CBF é
com relação ao calendário quadrienal. As federações continuam
exigindo um maior número de
datas para os Estaduais.
O presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, esteve reunido à tarde
com representantes das federações estaduais e admitiu analisar
as mudanças propostas.
Uma delas seria a participação
dos grandes clubes nas fases iniciais das competições estaduais,
que seriam disputadas paralelamente às regionais. Pelo novo calendário, somente os melhores
colocados de cada Estado, participariam do Estadual, que passaria
a ser chamado de Superestadual.
O vice-presidente da CBF, Nabi
Abi Chedid, afirmou que a CBF
analisará todas as reivindicações.
"Cada região tem a sua particularidade. A adequação não é fácil."
Outra reclamação das federações contra o novo calendário é
que, pelo estatuto da CBF, ele deveria ser anual e precisaria também ser aprovado pela Assembléia Geral da entidade, composta
pelas 27 federações estaduais.
Texto Anterior: Técnico paraguaio elogia o trabalho de Scolari Próximo Texto: O que ver na TV Índice
|