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CBF critica a Prefeitura de Caxias
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
O diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, disse ontem
que deverá entregar até o início da
próxima semana um recurso na
Justiça gaúcha para cassar a liminar que coloca o Caxias na Série A
do Campeonato Brasileiro-2002.
"A decisão da Justiça deverá ser
modificada. Para a CBF, a Prefeitura de Caxias, que patrocina a
ação, não tem legitimidade para
representar um clube de futebol.
Eles estão usando recursos públicos para defender uma causa que
não é pública", disse o diretor.
Em 2000, o Gama foi incluído
na Série A ao obter uma decisão
na Justiça comum em seu favor. O
PFL-DF patrocinava a ação.
Na semana passada, o juiz da 6ª
Vara Cível de Caxias, Antônio
Flores Ceccato, havia determinado que o clube gaúcho fosse incluído na Série A do Brasileiro.
Na ocasião, ele deu um prazo de
cinco dias, que terminara na segunda-feira, para que a determinação fosse cumprida. A CBF ainda não cumpriu a ordem judicial.
"Para a CBF, esse prazo só começará a contar quando o campeonato começar [dia 10 de agosto". Agora, não estamos desrespeitando ninguém", disse Lopes.
Apesar de anunciar que tentarão derrubar na Justiça a decisão
que favorece o Caxias, os dirigentes da CBF já admitem colocar o
time gaúcho no Brasileiro.
O presidente interino da entidade, José Sebastião Bastos, foi o
primeiro ontem a se manifestar
em favor do Caxias.
Anteontem, o procurador-geral
de Caxias do Sul, Vanius João de
Araújo Corte, havia pedido a prisão de Bastos, já que ele ocupa interinamente o cargo de Ricardo
Teixeira. A prisão estava prevista
no despacho de Ceccato em caso
de desobediência da CBF.
"Cumpriremos as decisões da
Justiça desportiva e da Justiça comum. Se até a véspera da competição, o Caxias tiver o direito assegurado pela Justiça, eles vão jogar
o Brasileiro", afirmou Bastos.
Logo em seguida, o diretor jurídico da CBF também admitiu a
entrada do Caxias no Nacional.
O time do Figueirense ocupa
hoje a vaga desejada pelo Caxias.
O time catarinense obteve a vaga após o STJD rever, no mês passado, a decisão que tinha tomado
em favor do Caxias.
Os auditores do STJD haviam
retirado os pontos do Figueirense
na vitória sobre o Caxias, por 1 a
0, na última rodada da Série B do
ano passado, após a torcida do time catarinense invadir o campo
para festejar a classificação pouco
antes do final. O time gaúcho ficara com a vaga no saldo de gols,
mas o STJD se considerou incompetente para anular o gol.
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