São Paulo, domingo, 18 de julho de 2004

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Técnico quer dar equilíbrio ao ataque

DO ENVIADO A PIURA

Carlos Alberto Parreira quer pôr hoje a seleção no eixo. Penso para o lado esquerdo, o Brasil B vai atrás do equilíbrio que é marca dos times de seu treinador.
Enquanto a equipe estrelada que lidera a disputa das eliminatórias mantém uma eqüidade entre os setores direito e esquerdo, no Brasil da Copa América a supremacia é do lado canhoto.
Dos seis gols marcados pelo time até aqui, cinco tiveram origem nos pés esquerdos de Gustavo Nery e Alex. Só o gol de Luis Fabiano na derrota para o Paraguai aconteceu pela direita.
Na opinião de Parreira, as jogadas brasileiras saem com mais fluência pela esquerda por causa do estilo de Gustavo Nery. "O Gustavo tem mais facilidade para se enfiar. É um jogador que não fica preso. Os dois lados têm liberdade para atacar. Isso acontece naturalmente. Não adianta ficar pressionando de um lado só."
Os jogadores prometem "endireitar" o time. "Vamos fazer o que o Parreira nos pediu e equilibrar o time", afirma Edu
Pode ser apenas coincidência, mas é justamente no lado direito que Parreira fará sua única alteração em relação ao time que imaginava ser o titular no Peru.
O ex-cruzeirense Maicon ganhou a posição de Mancini, que não tem agradado à comissão técnica. Na avaliação de Parreira, o jogador da Roma sentiu demais a altitude e não conseguiu se adaptar à lateral direita -ele joga de ala no time italiano e reconheceu que ainda precisa de tempo.
O treinador disse que o fato de Mancini ser mais conhecido no exterior está atrapalhando os avanços pela direita. "Com o Mancini, o adversário se fecha mais e libera para o Gustavo avançar. Mas o ideal é ter a possibilidade de atacar dos dois lados."
No eixo, a seleção B buscará brecar a velocidade e o entrosamento dos "vovôs" mexicanos. O time da América do Norte tem, em média, 27 anos. O Brasil, três anos mais jovem, tem no capitão Alex, 27, seu atleta mais veterano.
"O México tem seis jogadores de pelo menos 30 anos, que jogam juntos há seis, sete anos. O time deles tem um conjunto que ainda não temos. Para ganhar a minha cara, a seleção principal precisou de um ano", disse Parreira. (FM)


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