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São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 2003

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Cesar Maia diz que esquema de segurança para sediar próximos Jogos será exemplo para qualquer cidade do mundo

Rio promete virar um paraíso para 2007

Antônio Lacerda/Agência O Globo
Placa colocada no Rio faz propaganda do Pan de 2007, que, segundo o comitê organizador, transformará positivamente a cidade


DOS ENVIADOS A SANTO DOMINGO

Se depender da apresentação do Rio à imprensa internacional, a cidade vai virar um paraíso em 2007, quando receberá pela primeira vez na história o Pan.
Em vídeo exibido ontem em Santo Domingo, o Comitê Organizador do Rio pintou um quadro mais do que positivo, em que o prefeito Cesar Maia aparece, em um helicóptero, mostrando pontos onde deverão se concentrar as principais obras para os Jogos.
Ao falar sobre o sistema de saúde da cidade, o locutor diz que os hospitais públicos municipais serão um modelo para todo o país.
O sistema de transporte também é mostrado como dos mais eficientes. Com a ampliação do metrô até a Barra da Tijuca, onde serão 75% das disputas, ele será, segundo a prefeitura, de Primeiro Mundo. ""O transporte hoje já não preocupa como há algum tempo. Temos 25 mil taxistas bem treinados, uma rede de ônibus muito eficiente e que funcionará de modo coordenado para o evento. Vamos estar mais do que preparados nesse quesito", disse Maia, que chegou ao Caribe na sexta.
Segundo cálculos do Co-Rio, comitê organizador de 2007, nenhuma instalação esportiva ficará a mais de 25 km de distância da Vila Pan-Americana.
Em relação à pobreza, o vídeo diz que, com os Jogos, os meninos de rua poderão se dedicar a atividades esportivas, o que contribuirá para a inclusão social.
Até quando o assunto é violência, um dos quesitos que mais curiosidade despertaram na reunião de ontem, o Co-Rio e o prefeito dizem não estarem preocupados.
""[O esquema de segurança] que oferecemos será um exemplo para qualquer cidade do mundo. Esse tema, aliás, foi um de nossos pontos fortes para derrotar San Antonio pelo Pan", disse o prefeito. ""A ameaça à segurança é o terrorismo, coisa que não temos."
O político admitiu ontem que não conta com retorno financeiro de um valor, que ficaria entre US$ 130 milhões e US$ 150 milhões, representado pelo investimento em instalações esportivas do Pan.
""Trata-se de um investimento que resultará em benefícios diretos para a cidade, mas esperamos rever o dinheiro que vamos gastar com a organização, com o Co-Rio [viagens, salários de pessoal etc.]."
Para evitar os problemas enfrentados por Santo Domingo, o Co-Rio planeja iniciar os trabalhos o mais rápido possível. ""Vamos começar amanhã [hoje] o plano de comercialização", diz Carlos Roberto Osório, secretário-geral do Co-Rio. ""Não podemos deixar para depois, temos de trabalhar desde o primeiro dia."
Mas o evento de ontem, o primeiro dos cariocas para a imprensa estrangeira em Santo Domingo, já enfrentou confusão. Pelo menos duas emissoras de TV reclamaram ao Co-Rio sobre o local da coletiva de imprensa.
Realizada numa sala pequena e tomada pelo estafe do próprio comitê, ela não comportou todos os jornalistas que compareceram.
Para piorar, atrasou, o que fez com que a direção da Odepa, que participaria de um almoço a convite dos cariocas, chegasse ao salão e desse com a cara na porta. O mexicano Mario Vazquez Raña, presidente da entidade, ficou quase dez minutos de pé, esperando. Só depois Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, e Maia apareceram para recepcioná-lo.
(EDUARDO OHATA, GUILHERME ROSEGUINI E JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO)


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