São Paulo, quinta-feira, 18 de agosto de 2005

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Time atribui mau desempenho à falta de ritmo

DO ENVIADO A SPLIT

A seleção brasileira creditou o desempenho apenas regular no amistoso contra a Croácia à falta de treinos depois das férias. Ronaldo também apontou o dedo para esse fator pelo seu desempenho, mas citou outro.
"Tive duas boas chances de marcar. Acho que faltou um pouco de sorte", disse o atacante, o primeiro a falar após a partida e também o primeiro a desfiar o rosário de desculpas da falta da melhor forma física.
"Estou treinando há só um mês no Real Madrid. Não estou no auge da minha forma", falou o centroavante, que pediu dispensa da Copa das Confederações justamente para se preparar melhor para a temporada que vai culminar no próximo ano com a Copa do Mundo da Alemanha.
Depois dele, o destaque do jogo, o chefe da turma e outros titulares absolutos também reclamaram da falta de ritmo.
"Pelo menos 80% do grupo está ainda iniciando a temporada. Para a gente, que joga no Brasil, a coisa foi mais fácil", afirmou Ricardinho, artilheiro da noite.
Kaká, novamente substituído por Parreira, disse que tinha condições de agüentar a partida até o final, mas depois também se queixou. "Estou treinando no Milan há só dez dias", afirmou o meia-atacante, que iria deixar Split nesta madrugada em vôo fretado junto com a maioria da delegação -os jogadores do Real Madrid viajaram para a Espanha em um avião do clube.
Parreira, que já previa havia dois meses problemas físicos para o amistoso contra a Croácia, foi o mais enfático nas queixas da falta de fôlego -a Croácia, que tem seus jogadores atuando no futebol europeu, tiveram os mesmos problemas que os brasileiros.
"As pernas ainda estão pesadas. Acho que nem contra o Chile o time vai estar OK", afirmou Parreira, que evitou comentários sobre quem foi melhor no papel de substituto de Ronaldinho.
"Vou falar do time de forma coletiva", esquivou-se o treinador.
Os jogadores voltaram a defender o esquema com quatro jogadores de características basicamente ofensivas.
"Dá para jogar com o quadrado. É só cada um se adaptar à sua função", falou Ronaldo. "O esquema funcionou bem, tanto com o Ricardinho como o Robinho", atestou o capitão Cafu.
Os números do Datafolha mostram que a seleção novamente teve um bom volume na criação, mas que não foi tão eficiente na marcação. O time terminou a partida com apenas 103 desarmes. Com essa marca, ficaria na lanterna do fundamento no Brasileiro deste ano. Em compensação, a equipe teve 16 finalizações, número que fica acima da média por equipe do Nacional.
Ronaldo teve chances de marcar -até falhou na cara do gol-, mas foi uma completa nulidade na hora de ajudar os companheiros na marcação. Nos 75 minutos em que o ""Fenômeno" ficou em campo, ele não foi capaz de fazer um desarme sequer. (PC)


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