São Paulo, sábado, 18 de agosto de 2007

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Mandatário do vôlei diz ser "rainha Elizabeth"

Chefe da CBV afirma que Bernardinho resolverá crise

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei), Ary Graça Filho, declarou ontem que seu papel na crise pela qual passa a seleção nacional é de "rainha Elizabeth", em referência à limitação de poder da comandante da Inglaterra no sistema político inglês.
A crise foi desencadeada pelo corte do levantador Ricardinho da equipe que venceu o Pan-Americano do Rio. Questionado sobre as chances de retorno do jogador à seleção, em uma escala de zero a cinco, Graça Filho disse que é de "dois e meio".
Ao desembarcar ontem em Manaus para acompanhar a disputa da Copa América, o dirigente afirmou que a decisão pelo retorno de Ricardinho cabe ao técnico Bernardinho.
"Nossa maneira de administrar é por absoluta delegação. É tudo decisão e responsabilidade dele [Bernardinho]. Dentro da quadra quem manda é o técnico. Para fora da quadra quem manda é o diretor. Eu sou um mero [sic] rainha Elizabeth."
Anteontem, o dirigente havia dito que era amigo dos jogadores e que eles conversaram com ele sobre o imbróglio, para tentar solucioná-lo.
Sobre a expectativa para o fim da crise, o presidente da CBV disse que se colocava na posição de torcedor e de fã.
"Gostaria que as coisas se harmonizassem. Que voltasse a ser como sempre foi, uma família unida", declarou.
O cartola afirmou ainda que as grandes vitórias da seleção nos últimos cinco anos foram resultado da união dos jogadores e das condições técnicas.
O time é o atual bicampeão mundial e campeão olímpico.
Diferentemente de Graça Filho, que foi recebido no aeroporto internacional de Manaus por um funcionário da seleção, os jogadores Giba e Anderson, que chegaram antes, foram recepcionados pelar torcida.
"Viemos prestigiar os jogadores da Copa América. A expectativa [pelo título] é grande", disse Anderson.
Giba disse que não falará mais sobre a polêmica entre Ricardinho e Bernardinho. Afirmou que foi a Manaus prestigiar os mais novos. "É importante a gente vir aqui dá uma mão para eles, ver como estão."
O atleta disse ainda que a viagem a Manaus foi para prestigiar o torcedor da seleção brasileira de vôlei. Sobre a chamada "família Bernardinho", declarou que ela "sempre existiu e sempre será unida".


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