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Mandatário do vôlei diz ser "rainha Elizabeth"
Chefe da CBV afirma que Bernardinho resolverá crise
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O presidente da CBV (Confederação Brasileira de Vôlei),
Ary Graça Filho, declarou ontem que seu papel na crise pela
qual passa a seleção nacional é
de "rainha Elizabeth", em referência à limitação de poder da
comandante da Inglaterra no
sistema político inglês.
A crise foi desencadeada pelo
corte do levantador Ricardinho
da equipe que venceu o Pan-Americano do Rio. Questionado sobre as chances de retorno
do jogador à seleção, em uma
escala de zero a cinco, Graça Filho disse que é de "dois e meio".
Ao desembarcar ontem em
Manaus para acompanhar a
disputa da Copa América, o dirigente afirmou que a decisão
pelo retorno de Ricardinho cabe ao técnico Bernardinho.
"Nossa maneira de administrar é por absoluta delegação. É
tudo decisão e responsabilidade dele [Bernardinho]. Dentro
da quadra quem manda é o técnico. Para fora da quadra quem
manda é o diretor. Eu sou um
mero [sic] rainha Elizabeth."
Anteontem, o dirigente havia
dito que era amigo dos jogadores e que eles conversaram com
ele sobre o imbróglio, para tentar solucioná-lo.
Sobre a expectativa para o
fim da crise, o presidente da
CBV disse que se colocava na
posição de torcedor e de fã.
"Gostaria que as coisas se
harmonizassem. Que voltasse a
ser como sempre foi, uma família unida", declarou.
O cartola afirmou ainda que
as grandes vitórias da seleção
nos últimos cinco anos foram
resultado da união dos jogadores e das condições técnicas.
O time é o atual bicampeão
mundial e campeão olímpico.
Diferentemente de Graça Filho, que foi recebido no aeroporto internacional de Manaus
por um funcionário da seleção,
os jogadores Giba e Anderson,
que chegaram antes, foram recepcionados pelar torcida.
"Viemos prestigiar os jogadores da Copa América. A expectativa [pelo título] é grande", disse Anderson.
Giba disse que não falará
mais sobre a polêmica entre Ricardinho e Bernardinho. Afirmou que foi a Manaus prestigiar os mais novos. "É importante a gente vir aqui dá uma
mão para eles, ver como estão."
O atleta disse ainda que a viagem a Manaus foi para prestigiar o torcedor da seleção brasileira de vôlei. Sobre a chamada
"família Bernardinho", declarou que ela "sempre existiu e
sempre será unida".
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