São Paulo, terça-feira, 18 de agosto de 2009

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VÔLEI

Chegou a hora


Na fase final do Grand Prix, a seleção feminina terá de se superar nos passes e errar menos nos saques


CIDA SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O BRASIL é o favorito para conquistar o título do Grand Prix, que começa a ser decidido na madrugada de amanhã, em Tóquio. A batalha não será fácil para as únicas invictas. Nas duas últimas semanas, as brasileiras sofreram para vencer as chinesas e as alemãs, que também são finalistas.
Os outros finalistas são Holanda, Rússia e Japão. Na fase decisiva, todos se enfrentam. Quem tiver a melhor campanha leva o título. Dos seis times, o líder Brasil só não jogou com a surpreendente Holanda, dona da segunda melhor campanha, e a renovada Rússia, a rival da estreia.
A única seleção que bateu a Holanda foi a China. Aliás, o time laranja ganhou elogio do técnico chinês, Cai Bin: "A defesa holandesa pode ser comparada à defesa de times asiáticos". O Brasil vai ter trabalho.
A China investiu na renovação, não chamou atletas como a levantadora Kun Feng e só teve duas derrotas: uma para o Brasil e outra, zebra, para a Polônia. O destaque é Ming Xue, 22 anos e 1,93 m. É a líder das estatísticas de ataque e de bloqueio.
Detalhe: ela usa a camisa 2 de Feng.
A Rússia, que tem dado trabalho ao Brasil, é um enigma. Após o fiasco em Pequim, buscou a renovação. No Grand Prix, tem a quarta campanha e perdeu surpreendentemente para Japão e Porto Rico. Sinta o drama: Porto Rico, décimo colocado, só obteve essa vitória em nove jogos.
O Japão fez a quinta melhor campanha, à frente da Alemanha. O destaque é Yoshie Takeshita, 1,59 m. É a segunda melhor levantadora na estatística. Na Alemanha, veja Margareta Kozuch, 22 anos e 1,87 m. Contra o Brasil, ela marcou 25 pontos.
No Grand Prix, Natália se firmou como titular do Brasil. Ela ainda é irregular na recepção, mas no ataque já brilha. É a segunda nas estatísticas desse fundamento, atrás só da chinesa Ming Xue. Mari está em sexto.
O desafio do Brasil é acertar o passe e reduzir os erros no saque. Domingo, contra a Coreia do Sul, foram sete erros de saque só no primeiro set, que custaram a parcial e uma bronca do técnico Zé Roberto: "É um erro atrás do outro". Depois da dura, a turma virou o placar do jogo.

REVELAÇÃO
A Coreia do Sul ficou fora da final, foi a lanterninha do Grand Prix, mas mostrou uma das revelações da competição: Yeon Koung-kim, 21 anos e 1,90 m. É a maior pontuadora do torneio, com média de 20 pontos por jogo, e a quinta melhor atacante. É raro uma coreana com a força de ataque dela.

A DECEPÇÃO
Os EUA, atuais vice-campeões olímpicos, radicalizaram na renovação e acabaram o Grand Prix em nono lugar, com três vitórias em nove jogos. Outra decepção foi a República Dominicana: só obteve uma vitória. Foi vice-lanterninha, ficou só à frente da Coreia do Sul.

cidasan@uol.com.br


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