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FUTEBOL
Torcedor prestigia mais segunda divisão do que torneio continental, que abriu ontem a 2ª fase com times brasileiros
Sul-Americana atrai menos que Série B
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A segunda fase da Copa Sul-Americana para os clubes brasileiros começou ontem com dois
jogos, mas o torcedor que costuma ir ao estádio não notou.
Assim como na parte inicial da
competição, os fãs não deram as
caras no Morumbi ou no Anacleto Campanella. Somados, os confrontos São Paulo x Fluminense e
São Caetano x Santos reuniram
apenas 9.007 torcedores.
Com esse número, a competição tem em solo brasileiro uma
média de público menor até do
que a registrada na Série B.
Nos 14 jogos da Sul-Americana
no Brasil, foram vendidos, em
média, 4.108 ingressos.
Pelos números oficiais da CBF, a
segunda divisão do Nacional
apresentava até a 17ª rodada média de 5.197 pagantes por jogo.
Nada menos do que 12 times
que disputam a Série B têm público caseiro superior ao que aconteceu na Sul-Americana no Brasil.
Outros fatos apontam para o
fracasso absoluto de audiência.
Na primeira fase, em 12 duelos,
apenas uma vez, na partida entre
Atlético-MG e Fluminense, mais
de 5.000 torcedores foram ao estádio. Só na final da Libertadores-2003 no Morumbi, entre Santos e
Boca Juniores, foram vendidos
mais ingressos do que em toda a
fase brasileira da Sul-Americana.
O fiasco total na bilheteira da
competição internacional acontece depois de uma verdadeira batalha por uma vaga nela.
A Conmebol chegou a fazer um
ranking que se mostrou uma farsa
para justificar a presença de clubes aliados da CBF. Depois, recuou e acabou dobrando a participação brasileira -eram apenas
seis equipes no início.
Além de rendas fracas, os clube
poucos vão faturar com cotas de
TV ou premiação. Quem disputou a primeira fase levou para sua
sede apenas US$ 50 mil.
O campeão vai faturar cerca de
US$ 800 mil. Na finada Copa Mercosul, a primeira fase valia US$
150 mil, e o vencedor ganhava
mais de US$ 2 milhões.
Dentro de campo, a Copa Sul-Americana também não empolgou na primeira fase brasileira,
quando a média de gols não passou de 2,5 por confronto.
Ontem à noite, juntas, as duas
partidas registraram dois minguados gols. No Brasileiro, a média fica perto de três por jogo.
No torneio continental, vários
times recorreram a reservas para
não perder atletas para a disputa
da principal competição do país.
Foi o que fez, por exemplo, o
Cruzeiro, que acabou eliminado
logo e vai passar a semana inteira
treinando para o confronto de sábado contra o Santos, no qual defende a liderança do Nacional.
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