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"Cansado", Gesta anuncia saída
Presidente da confederação de atletismo deixará cargo em 2013, após 26 anos no comando
DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO
Roberto Gesta de Melo, 65,
vai deixar a presidência da
CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) no primeiro
trimestre de 2013.
O mais longevo dos presidentes de confederação desportiva do país vai largar o
posto quando completar 26
anos à frente da entidade.
A próxima eleição da confederação está prevista para
o primeiro trimestre de 2013.
Mas o dirigente vai propor
que se antecipe o pleito em
um ano para que seu sucessor "tenha tempo de trabalhar". "Entre 2012 e 2013 faremos a transição jamais vista
no esporte", prometeu ele.
À frente da CBAt desde janeiro de 1987, Gesta conversou com a Folha ontem durante o Troféu Brasil de atletismo, no Centro Olímpico da
Prefeitura de São Paulo, na
Vila Clementino. "É muito
massacrante [ser presidente], estou cansado", disse.
Coincidência ou não, o
anúncio ocorre às vésperas
da assinatura, pelo presidente Lula, da medida provisória
do contrato gerencial do esporte nacional, que ocorrerá
na segunda-feira em Brasília.
Na regulamentação da
medida, haverá uma recomendação de limite no número de reeleição dos presidentes de confederações.
"Mas a MP não obriga ninguém, ela apenas sugere",
salientou Gesta de Melo.
O dirigente garante que
havia levado às assembleias
da CBAt medida idêntica. "Isso [fim da reeleição] foi a minha única sugestão que nunca aceitaram", alegou.
Ele estará em Brasília
depois de amanhã para participar da solenidade e vai
aproveitar a visita para deixar seu mais novo projeto na
mesa do ministro da Educação, Fernando Haddad.
"É o "Atletismo na Escola".
Não faço ideia de quanto pode custar, mas seria de responsabilidade do Ministério
da Educação", resumiu.
Gesta circula pela arquibancada do Centro Olímpico
com um calhamaço de papel
dentro de uma bolsa elegante, de grife. Distribui folhas a
quem o aborda com os números de sua gestão e 15 cartas
de agradecimento de dirigentes, atletas e ex-atletas, como
Maurren Maggi, Claudinei
Quirino e Joaquim Cruz.
"Eu fiz tudo o que tinha
que fazer. Só não fiz mais
porque não dava mesmo",
declarou em tom de triunfo.
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