São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2006

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Painel FC @ - Ricardo Perrone

Porta da esperança

O Ministério do Esporte encontrou uma fórmula para agradar aos clubes que querem reformar seus estádios mas não estão no projeto inicial da Copa-14. Em sua negociação com o BNDES por uma nova linha de crédito para as arenas, desvinculará a liberação da verba à inclusão no plano para o Mundial. Assim, não desagrada à Fifa, à CBF e ao presidente Lula, que querem só estádios novos, caso a competição seja no Brasil. Nessa estratégia, Orlando Silva Jr. vai encaixar o Morumbi, que o São Paulo insiste em ter na Copa.

Paulista. Pelo projeto apresentado ao ministro pelo São Paulo, ontem, não há necessidade de dinheiro do BNDES para o Morumbi. Basta que o governo do Estado assuma a construção de um estacionamento entre o estádio e a futura linha do metrô na região.

Integração. O prédio de estacionamento seria ligado ao metrô por um trem, que circularia sobre uma ponte. Existe uma área privada e outra da prefeitura que podem ser usadas. O problema é criar num só edifício cerca de 7.000 vagas. O São Paulo diz que assume as reformas no estádio, que considera "pequenas".

Racha. Salvador Hugo Palaia e José Cyrillo Jr. começaram a se desentender quando o diretor de futebol vetou três contratações sugeridas pelo vice-presidente. Palaia afirmou que os negócios seriam ruins para o Palmeiras.

Dúvida cruel. O Ministério Público paulista não sabe se intima Vanderlei Luxemburgo e Zé Roberto ou os convida. Só no primeiro caso a dupla será obrigada a comparecer para falar sobre a comemoração do meia santista diante da Gaviões da Fiel. Enquanto isso, o órgão negocia uma data que não atrapalhe o Santos no Brasileiro.

Tiroteio. A troca de chumbo pública entre Corinthians e MSI agora é feita dentro da PF. Os corintianos surpreenderam-se com detalhes financeiros revelados por Alexandre Verri, um dos advogados da MSI. Dualib respondeu entregando o nome de investidores escondidos por Kia.

É lei. Revelar investidores que ele havia negado estarem na MSI não trará problemas a Dualib. Quando prestou depoimento ao Ministério Público-SP, desmentido por ele mesmo na PF, o cartola foi ouvido como investigado. Nessa condição, pela Constituição, pode mentir para não produzir provas que o prejudiquem. E isso valeu ontem também.

Fermento. A PF trabalha com a informação de que só em 2006 os investidores enviaram cerca de US$ 28 mi ao Brasil. Aliados de Dualib acham o valor muito alto. Pelo menos perto do que o dirigente diz ter recebido da MSI.

Procura-se. Desde maio, quando Boris Berezovski veio ao Brasil, o Itamaraty possui cópia do mandado de prisão do magnata. Foi enviado pela embaixada da Rússia. Ele entrou como exilado político, o que lhe deu condição legal.


Colaborou RODRIGO MATTOS , da Reportagem Local

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"Se fosse presidente do São Paulo, não deixaria meu técnico falar essas coisas"

De PAULO ODONE, presidente do Grêmio, sobre as declarações do técnico Muricy Ramalho sobre a torcida do time gaúcho


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