São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2006

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Cartola já admitiu russo a Conselho

DA REPORTAGEM LOCAL

A ligação entre a parceira do Corinthians e o magnata russo Boris Berezovski já havia sido escancarada pelo presidente corintiano, Alberto Dualib, em reunião do Conselho Deliberativo do clube, antes do fechamento da parceria, em 2004.
O dirigente contou à época que foi Berezovski quem indicou o investimento no Corinthians ao milionário georgiano Badri Patarkatsishivili, seu sócio desde os anos 90.
Dualib disse que foi Berezovski quem indicou Badri ao fundo de investimentos. "O Boris não quis participar do negócio, mas indicou um amigo dele na Geórgia, o Badri, que é de uma fortuna imensa. É um magnata que tem televisão, alumínio, petróleo, gás", disse, na ocasião.
Dualib, no entanto, negou a história em oitiva ao Ministério Público paulista.
Badri e Boris foram dois dos maiores beneficiados com as privatizações das estatais russas no governo do ex-presidente Boris Ieltsin. Eles possuem 25% da RusAL, a segunda maior fabricante de alumínio do mundo.
Em 1997, eles participaram de um negócio nebuloso: a privatização da Sibneft Oil Company, a maior empresa petrolífera do país. Badri ajudou a intermediar a venda da companhia, que pertencia a Romam Abramovich, por US$ 100 milhões, a Berezovski. Em seguida, descobriu-se que a Sibneft valia bilhões. Meses depois, Abramovich deu a Badri US$ 3 bilhões para a RusAL.
Berezovski e Badri também tinham controle da Avtovaz, a principal montadora de automóveis russa. E foram acusados pelo Ministério Público russo de fraudar a empresa em US$ 13 milhões.
Com a queda de Ieltsin, Vladimir Putin assumiu o poder no país e fechou as portas do Kremlim para a dupla. Ameaçados de prisão, Berezovski e Badri acabaram deixando a Rússia.


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