São Paulo, quarta-feira, 18 de outubro de 2006

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Árbitros do país são arma para a final

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes ponto fraco para a equipe de ginástica, a arbitragem tornou-se trunfo na final do Mundial de Aarhus.
O país tem quatro jurados entre árbitros da federação internacional: Alice Tanabe, Denise Lima, Marco Martins e Eliseu Burtet Neto.
"A gente passa tudo para eles. Temos a vantagem de saber o que está valendo mais ou o que estão desconsiderando nas notas", afirma Eliseu, o Kiko.
Segundo ele, não há restrições impostas da FIG ao contato entre juízes e atletas.
"É até normal. É como uma missão nossa. Avaliamos também a banca de jurados, quem a compõe. Tudo pode virar informação útil. Sempre dá para pinçar algo, especialmente quem é mais experiente", diz Alice Tanabe, que é coordenadora do Comitê Técnico da confederação brasileira.
Ela diz que, por mínima que seja no atual código de pontuação, a subjetividade se faz presente em banca de júri de um único continente. "Chega a ser involuntário", diz ela, citando como exemplo Ninan Yan, hoje vice da FIG. "A gente a apelidava de nine nine, porque vivia pedindo 9,9 para os chineses."
Até informações sobre os rivais são trocadas, já que os árbitros viram, no treino de pódio, todas as séries dos ginastas do Mundial. "Sabemos o que cada um fará, quase sempre com 100% de exatidão", diz Alice.
As dicas são bem-vindas. "É um toque a mais", diz Diego Hypólito, que está nas finais de salto e solo.
Para dar uma idéia da afinidade dos atletas com os árbitros, Kiko foi técnico de Daiane no Grêmio Náutico União. "É como na época dos treinos. Só que agora, em vez de instruções, são dicas."
Apesar de julgarem os brasileiros na primeira fase, em que deram mais de 250 notas, os juízes do país ficaram só na torcida nas finais por aparelho, quando não pode haver atletas e árbitros de mesma nacionalidade. Mas terão Alice no júri da final do individual geral feminino, amanhã.0 (CCP)


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