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Hungria se despede do irmãozinho
PAULO REBÊLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BUDAPESTE
A morte de Ferenc Puskas, chamado de Öcsi (irmãozinho) pelos húngaros, causou grande mobilização ontem em Budapeste, com autoridades correndo para fazer anúncios
públicos no rádio e na TV.
O primeiro-ministro da
Hungria, Ferenc Gyurcsány, classificou o ex-jogador como o húngaro mais
conhecido do século 20.
"Com ele dizemos adeus
à era mais gloriosa do futebol húngaro. Sabíamos
que Puskas Öcsi estava
muito doente, mas não poderíamos nunca estar preparados para o seu falecimento", disse o premiê.
O húngaro-brasileiro
André Adler, que visitou
Puskas pouco depois da
internação na UTI, faz
parte de uma geração que
sentiu o orgulho pátrio no
máximo com Puskas.
"Cresci no Brasil, orgulhoso de tê-lo como a melhor
explicação do meu país."
Um dos companheiros
de Puskas na seleção húngara, Jeno Buzanszky considera a morte uma tragédia. "O maior esportista
deste país se foi."
Na semana retrasada,
quando Puskas ainda mostrava sinais de que poderia
ter seu quadro de saúde
estabilizado, a revista
"Matala" publicou uma
lista dos 50 húngaros mais
ilustres de todos os tempos. No topo do ranking, o
astro foi definido assim:
"Só os húngaros discutem
se Puskas é o maior húngaro vivo, pois o resto do
mundo sabe muito bem
que ele é. Não podemos
decidir se ele é o sexto ou
sétimo melhor jogador de
futebol. Mas, quando ele
nos liderava, nós podíamos vencer o mundo".
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