São Paulo, sábado, 18 de novembro de 2006

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Hungria se despede do irmãozinho

PAULO REBÊLO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE BUDAPESTE

A morte de Ferenc Puskas, chamado de Öcsi (irmãozinho) pelos húngaros, causou grande mobilização ontem em Budapeste, com autoridades correndo para fazer anúncios públicos no rádio e na TV.
O primeiro-ministro da Hungria, Ferenc Gyurcsány, classificou o ex-jogador como o húngaro mais conhecido do século 20.
"Com ele dizemos adeus à era mais gloriosa do futebol húngaro. Sabíamos que Puskas Öcsi estava muito doente, mas não poderíamos nunca estar preparados para o seu falecimento", disse o premiê.
O húngaro-brasileiro André Adler, que visitou Puskas pouco depois da internação na UTI, faz parte de uma geração que sentiu o orgulho pátrio no máximo com Puskas. "Cresci no Brasil, orgulhoso de tê-lo como a melhor explicação do meu país."
Um dos companheiros de Puskas na seleção húngara, Jeno Buzanszky considera a morte uma tragédia. "O maior esportista deste país se foi."
Na semana retrasada, quando Puskas ainda mostrava sinais de que poderia ter seu quadro de saúde estabilizado, a revista "Matala" publicou uma lista dos 50 húngaros mais ilustres de todos os tempos. No topo do ranking, o astro foi definido assim: "Só os húngaros discutem se Puskas é o maior húngaro vivo, pois o resto do mundo sabe muito bem que ele é. Não podemos decidir se ele é o sexto ou sétimo melhor jogador de futebol. Mas, quando ele nos liderava, nós podíamos vencer o mundo".


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