São Paulo, quarta-feira, 18 de dezembro de 2002

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MEMÓRIA

"Globalização" da bola teve início com brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

Os interesses políticos e econômicos dos dirigentes da Fifa foram o principal fator para a "globalização" do futebol, que atingiu seu ápice com a decisão, tomada ontem em Madri, de redistribuir as vagas dos continentes na Copa.
Quem fomentou o processo foi o brasileiro João Havelange, que viu subir de 142 para 198 o número de países filiados à entidade no período em que presidiu a Fifa. Sua marca foi se aproximar dos países fora do eixo Europa-América do Sul.
Essa expansão lhe rendeu importantes aliados continentais, decisivos na hora de fazer seu sucessor, Joseph Blatter. Ou seja: a participação, no Mundial, de países de continentes que nunca levantaram a taça cresceu à medida em que a base eleitoral de Havelange e Blatter aumentou nesses lugares.
O movimento teve também uma faceta econômica importante. Com ele, a Fifa permitiu a abertura de novos mercados para o futebol. O aumento das vagas asiáticas, por exemplo, é um movimento que caminha na direção aberta pela entidade ao escolher Coréia do Sul e Japão para abrigar o último Mundial. A Ásia é hoje responsável por grande parte dos patrocinadores do torneio.


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