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Ministro do Esporte defende uma legislação especial para o futebol
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro do Esporte, Agnelo
Queiroz, disse ontem no Rio que
batalhará pela criação de uma legislação específica para o futebol.
O objetivo, segundo o ministro,
é criar calendários mais organizados, além de regras claras e estáveis nas competições, a fim de evitar as viradas de mesa.
"Nosso futebol é o maior do
mundo dentro do campo. Queremos torná-lo o melhor também
fora dele. Defendo uma reformulação geral", disse o ministro.
Segundo Queiroz, o assunto será discutido com os clubes e as entidades ligadas ao futebol. A intenção é também incluir na legislação regras para a transferência
de jogadores com menos de 18
anos para o exterior e para diminuir a violência nos estádios.
Torcedor do Botafogo e do Gama, rebaixados em 2002, Queiroz
disse ser contra a virada de mesa.
Para o ministro, o futebol brasileiro é desorganizado fora de
campo por falta de vontade política para mudar.
Queiroz afirmou que o orçamento de sua pasta para 2003 (R$
350 milhões) é pequeno. Por isso,
informou que tentará parcerias
com o setor privado, além de "otimizar os recursos disponíveis".
O ministro voltou a dizer que
conta com o apoio das Forças Armadas para abrir à comunidades
as quadras esportivas em instituições militares. Afirmou também
que pretende disponibilizar as escolas públicas aos finais de semana para a prática de esportes.
O ministro disse que pretende
incentivar parcerias com empresas estatais que vêm obtendo sucesso, principalmente no vôlei,
patrocinado pelo Banco do Brasil.
Utilizar o esporte como fator de
inclusão social é uma das metas
do ministério que, em quatro
anos, quer aumentar em quatro
ou cinco milhões o número de
crianças praticando esportes.
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