São Paulo, segunda-feira, 19 de janeiro de 2004

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VÔLEI

A maratona

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O novo ano promete ser conturbado para as seleções. O calendário, elaborado pelos dirigentes, não está sendo generoso.
Em ano olímpico, seria recomendável que os torneios terminassem mais cedo. Mas -quem diria- até a Superliga nacional vai acabar no início de maio. A turma não vai ter descanso.
O ideal seria que a seleção tivesse umas oito semanas de treinos, mas isso será quase impossível. Dê uma olhadinha no que aguarda a equipe brasileira feminino até a estréia nos Jogos de Atenas, em agosto. Dia 8 de junho, começa a Volley Masters, na Suíça. De 7 até 24 de julho, será a vez do Grand Prix.
Dependendo do planejamento, a seleção poderá ir direto do Grand Prix, que terá a fase final disputada na Itália, para Atenas, já que a abertura dos Jogos Olímpicos será no dia 13 de agosto.
É possível que as atletas passem até quase dois meses distantes de casa, o que pode trazer prejuízos psicológicos ao time.
Um exemplo: na Copa do Mundo, realizada em novembro do ano passado, a levantadora Fernanda Venturini sofreu muito ao ficar 25 dias longe da filha Júlia, de dois anos. A jogadora chegou até a declarar que nunca mais ficaria tanto tempo distante da menina.
Depois dessa competição, uma das preocupações da comissão técnica passou a ser que a levantadora desistisse de ir aos Jogos Olímpicos. E você sabe: Fernanda Venturini faz muita falta na seleção. Para esse caso, parece que já existe uma solução: Júlia deve ir para Atenas.
Ainda assim, seria bom que os dirigentes repensassem o calendário. Quem sabe, antecipar a data das finais da Superliga nacional. Outra solução seria a comissão técnica desistir de participar de alguns desses torneios antes dos Jogos de Atenas.
Está certo que os confrontos com as grandes seleções dão ritmo de jogo ao time e mais experiência ao enfrentar os principais adversários na Olimpíada. Mas será que o desgaste físico e o prejuízo psicológico que a seleção vai ter compensam? Essa é a charada que a comissão técnica vai precisar resolver.
Por falar em seleção, parece que já está aparecendo uma nova candidata à vaga de oposta, um dos pontos frágeis do time. Pode anotar: o nome dela é Mari. Tem 20 anos e 1,89 m. Ela está sendo um dos destaques do Osasco, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães.
E você já pode se preparar: sábado, vai ter o duelo dos dois únicos invictos da Superliga feminina: Osasco e MRV-Minas. As duas equipes, que são a base da seleção, estão com sete vitórias. Fica difícil apontar um favorito, mas ainda jogo minhas fichas no Osasco, que tem a vantagem de atuar em casa.
Na Superliga masculina, a Ulbra, atual campeã brasileira, foi a autora da façanha da rodada. Derrubou a Unisul, até então a única invicta. A vitória foi por 3 sets a 2, em plena Florianópolis.
Só um lembrete: em março, a Ulbra vai ficar mais forte. Terá o reforço dos atacantes Anderson e Gílson, que estão no Japão.

Italiano
O Macerata derrotou o Parma, do cubano Ihosvany Hernandez, por 3 a 0 (25/22, 31/29 e 25/18) na rodada do fim de semana do Italiano. O brasileiro Nalbert, com 13 pontos, foi o maior pontuador do Macerata. O time soma agora 11 vitórias, quatro derrotas e está em segundo lugar na classificação. O Trentino, dos trintões Paolo Tofoli, Bernardi e Andrea Sartoretti, é o líder. Em 14 jogos, só teve duas derrotas.

Peneira
O Minas Tênis Clube vai selecionar 24 atletas para seus times masculinos de base. Podem participar meninos nascidos em 1988, 1989 e 1990. Os testes serão no dia 16 de fevereiro, às 18h, no Colégio Central, na rua Rio de Janeiro, nš 2.348, em Belo Horizonte. Outras informações: 0/xx/31-3299-9211 ou 0/xx/31-9972-0777.

E-mail cidasan@uol.com.br


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