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VÔLEI
A maratona
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
O novo ano promete ser conturbado para as seleções. O
calendário, elaborado pelos dirigentes, não está sendo generoso.
Em ano olímpico, seria recomendável que os torneios terminassem mais cedo. Mas -quem
diria- até a Superliga nacional
vai acabar no início de maio. A
turma não vai ter descanso.
O ideal seria que a seleção tivesse umas oito semanas de treinos,
mas isso será quase impossível.
Dê uma olhadinha no que aguarda a equipe brasileira feminino
até a estréia nos Jogos de Atenas,
em agosto. Dia 8 de junho, começa a Volley Masters, na Suíça. De
7 até 24 de julho, será a vez do
Grand Prix.
Dependendo do planejamento,
a seleção poderá ir direto do
Grand Prix, que terá a fase final
disputada na Itália, para Atenas,
já que a abertura dos Jogos Olímpicos será no dia 13 de agosto.
É possível que as atletas passem
até quase dois meses distantes de
casa, o que pode trazer prejuízos
psicológicos ao time.
Um exemplo: na Copa do Mundo, realizada em novembro do
ano passado, a levantadora Fernanda Venturini sofreu muito ao
ficar 25 dias longe da filha Júlia,
de dois anos. A jogadora chegou
até a declarar que nunca mais ficaria tanto tempo distante da
menina.
Depois dessa competição, uma
das preocupações da comissão
técnica passou a ser que a levantadora desistisse de ir aos Jogos
Olímpicos. E você sabe: Fernanda
Venturini faz muita falta na seleção. Para esse caso, parece que já
existe uma solução: Júlia deve ir
para Atenas.
Ainda assim, seria bom que os
dirigentes repensassem o calendário. Quem sabe, antecipar a data das finais da Superliga nacional. Outra solução seria a comissão técnica desistir de participar
de alguns desses torneios antes
dos Jogos de Atenas.
Está certo que os confrontos
com as grandes seleções dão ritmo
de jogo ao time e mais experiência ao enfrentar os principais adversários na Olimpíada. Mas será
que o desgaste físico e o prejuízo
psicológico que a seleção vai ter
compensam? Essa é a charada
que a comissão técnica vai precisar resolver.
Por falar em seleção, parece que
já está aparecendo uma nova
candidata à vaga de oposta, um
dos pontos frágeis do time. Pode
anotar: o nome dela é Mari. Tem
20 anos e 1,89 m. Ela está sendo
um dos destaques do Osasco, a
equipe comandada pelo técnico
José Roberto Guimarães.
E você já pode se preparar: sábado, vai ter o duelo dos dois únicos invictos da Superliga feminina: Osasco e MRV-Minas. As
duas equipes, que são a base da
seleção, estão com sete vitórias.
Fica difícil apontar um favorito,
mas ainda jogo minhas fichas no
Osasco, que tem a vantagem de
atuar em casa.
Na Superliga masculina, a Ulbra, atual campeã brasileira, foi a
autora da façanha da rodada.
Derrubou a Unisul, até então a
única invicta. A vitória foi por 3
sets a 2, em plena Florianópolis.
Só um lembrete: em março, a
Ulbra vai ficar mais forte. Terá o
reforço dos atacantes Anderson e
Gílson, que estão no Japão.
Italiano
O Macerata derrotou o Parma, do cubano Ihosvany Hernandez, por
3 a 0 (25/22, 31/29 e 25/18) na rodada do fim de semana do Italiano. O
brasileiro Nalbert, com 13 pontos, foi o maior pontuador do Macerata. O time soma agora 11 vitórias, quatro derrotas e está em segundo
lugar na classificação. O Trentino, dos trintões Paolo Tofoli, Bernardi
e Andrea Sartoretti, é o líder. Em 14 jogos, só teve duas derrotas.
Peneira
O Minas Tênis Clube vai selecionar 24 atletas para seus times masculinos de base. Podem participar meninos nascidos em 1988, 1989 e
1990. Os testes serão no dia 16 de fevereiro, às 18h, no Colégio Central,
na rua Rio de Janeiro, nš 2.348, em Belo Horizonte. Outras informações: 0/xx/31-3299-9211 ou 0/xx/31-9972-0777.
E-mail cidasan@uol.com.br
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