São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

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Palmeiras vira o melhor dos grandes

Com triunfo em casa sobre o Paulista, time de Caio Júnior larga no Estadual na zona de classificação e à frente de rivais

Palmeiras 4
Paulista 2

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Vitória, goleada e, como cereja do bolo, estar na frente de todos os grandes do Paulista na tabela. Caio Júnior não poderia ter tido uma estréia melhor no comando técnico do Palmeiras? Mais ou menos, torcedor.
A estréia, que terminou com o clube em terceiro lugar (com três pontos, empatado com o Noroeste e atrás apenas de Juventus e Marília, pelo saldo de gols) começou com susto. Aos 9min, o Parque Antarctica se calou quando Gláucio dominou a bola e vazou o goleiro Marcos.
Fosse no ano passado, sob o comando de Marcelo Vilar ou de Jair Picerni e respaldo de Salvador Hugo Palaia, o Parque Antarctica teria virado um caldeirão alucinado.
Mas a torcida foi complacente com o técnico Caio Júnior e o diretor de futebol Gilberto Cipullo. No final, acabou ganhando uma virada com direito a belos gols, dois deles com uma sorte rara nos últimos anos no próprio estádio.
Por mais que Dininho tenha disparado um balaço de fora da área, foi o corpo de Dema que tirou a bola do alcance do goleiro Victor, aos 14min.
Depois disso, foi a vez de Paulo Baier virar Michelangelo: aparentemente disposto a cruzar, o ala-direito fez a bola cair dentro do gol numa parábola belíssima, que deu ao Palmeiras a vantagem e a tranqüilidade para golear. O Estadual de São Paulo tinha ganhado mais um candidato ao título.
É verdade que o segundo gol saiu um minuto depois que o meia Gláucio foi expulso por Rodrigo Braghetto devido à entrada duríssima em Wendel -provavelmente fruto das novas recomendações da federação em relação a jogo violento.
No fim do primeiro tempo, foi a vez de William justificar a sua entrada no time. Dominou na área e chutou no canto, ampliando para 3 a 1.
O 3-6-1 de Caio Júnior se mostrou bem posicionado. A juventude de William e a criatividade de Valdivia ajudaram, mas a cara defensiva que o técnico buscava ainda precisa ser auxiliada por um desafogo no meio-campo, principalmente.
Aos 20min do segundo tempo, após jogada de Osmar, William pegou a sobra e selou o quarto gol do Palmeiras. A empolgação tomou conta, mas nem tudo saiu à perfeição.
Constantes erros de passe na intermediária deixaram a zaga em apuros por algumas vezes. Sem medo de jogar feio, o estreante Pierre despachava do jeito que dava. No segundo tempo, Caio Júnior notou o cansaço e o tirou para pôr Marquinhos, proveniente do B.
Ainda sem Edmundo e Nen, poupados para recuperar a forma física, o Palmeiras era um time disposto a fazer boa figura. Acelerava o jogo até sem precisar, deixando espaços para contra-ataques do visitante. Mas a empolgação pela boa estréia e a manutenção do clima leve explicavam a pressa em atacar.
Valdivia, na criação, esteve muito bem, mas perdeu uma bela chance de gol por preciosismo. E, nas faltas, o time ganhou a pancada de Edmilson.
Com o jogo mais calmo, o Palmeiras insistiu em jogadas de efeito e acabou dando mais chances ao Paulista, que chegou ao segundo gol num certeiro chute de Rodolfo, no ângulo.
Marcos esteve sólido e corajoso nas saídas. Sua defesa, aos 42min do segundo tempo, recuperando-se de rebote e defendendo cara a cara um chute de Marco Aurélio, foi comemorada como gol pelos alviverdes. A primeira noite do Palmeiras em 2007 estava completa.
Agora o time volta a jogar no domingo, em Americana, contra o Rio Branco.


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