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Palmeiras vira o melhor dos grandes
Com triunfo em casa sobre o Paulista, time de Caio Júnior larga no Estadual na zona de classificação e à frente de rivais
Palmeiras 4
Paulista 2
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Vitória, goleada e, como cereja do bolo, estar na frente de todos os grandes do Paulista na
tabela. Caio Júnior não poderia
ter tido uma estréia melhor no
comando técnico do Palmeiras? Mais ou menos, torcedor.
A estréia, que terminou com
o clube em terceiro lugar (com
três pontos, empatado com o
Noroeste e atrás apenas de Juventus e Marília, pelo saldo de
gols) começou com susto. Aos
9min, o Parque Antarctica se
calou quando Gláucio dominou
a bola e vazou o goleiro Marcos.
Fosse no ano passado, sob o
comando de Marcelo Vilar ou
de Jair Picerni e respaldo de
Salvador Hugo Palaia, o Parque
Antarctica teria virado um caldeirão alucinado.
Mas a torcida foi complacente com o técnico Caio Júnior e o
diretor de futebol Gilberto Cipullo. No final, acabou ganhando uma virada com direito a belos gols, dois deles com uma
sorte rara nos últimos anos no
próprio estádio.
Por mais que Dininho tenha
disparado um balaço de fora da
área, foi o corpo de Dema que
tirou a bola do alcance do goleiro Victor, aos 14min.
Depois disso, foi a vez de Paulo Baier virar Michelangelo:
aparentemente disposto a cruzar, o ala-direito fez a bola cair
dentro do gol numa parábola
belíssima, que deu ao Palmeiras a vantagem e a tranqüilidade para golear. O Estadual de
São Paulo tinha ganhado mais
um candidato ao título.
É verdade que o segundo gol
saiu um minuto depois que o
meia Gláucio foi expulso por
Rodrigo Braghetto devido à entrada duríssima em Wendel
-provavelmente fruto das novas recomendações da federação em relação a jogo violento.
No fim do primeiro tempo,
foi a vez de William justificar a
sua entrada no time. Dominou
na área e chutou no canto, ampliando para 3 a 1.
O 3-6-1 de Caio Júnior se
mostrou bem posicionado. A
juventude de William e a criatividade de Valdivia ajudaram,
mas a cara defensiva que o técnico buscava ainda precisa ser
auxiliada por um desafogo no
meio-campo, principalmente.
Aos 20min do segundo tempo, após jogada de Osmar, William pegou a sobra e selou o
quarto gol do Palmeiras. A empolgação tomou conta, mas
nem tudo saiu à perfeição.
Constantes erros de passe na
intermediária deixaram a zaga
em apuros por algumas vezes.
Sem medo de jogar feio, o estreante Pierre despachava do
jeito que dava. No segundo
tempo, Caio Júnior notou o
cansaço e o tirou para pôr Marquinhos, proveniente do B.
Ainda sem Edmundo e Nen,
poupados para recuperar a forma física, o Palmeiras era um
time disposto a fazer boa figura.
Acelerava o jogo até sem precisar, deixando espaços para contra-ataques do visitante. Mas a
empolgação pela boa estréia e a
manutenção do clima leve explicavam a pressa em atacar.
Valdivia, na criação, esteve
muito bem, mas perdeu uma
bela chance de gol por preciosismo. E, nas faltas, o time ganhou a pancada de Edmilson.
Com o jogo mais calmo, o
Palmeiras insistiu em jogadas
de efeito e acabou dando mais
chances ao Paulista, que chegou ao segundo gol num certeiro chute de Rodolfo, no ângulo.
Marcos esteve sólido e corajoso nas saídas. Sua defesa, aos
42min do segundo tempo, recuperando-se de rebote e defendendo cara a cara um chute
de Marco Aurélio, foi comemorada como gol pelos alviverdes.
A primeira noite do Palmeiras
em 2007 estava completa.
Agora o time volta a jogar no
domingo, em Americana, contra o Rio Branco.
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