|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Dorival Jr. pede calma com jovens e Giovanni
Técnico do Santos minimiza goleada no Rio Branco na estreia do Paulista
Para treinador, vitória no estádio do Pacaembu escondeu falhas da defesa e equipe não pode exigir mais do veterano camisa 10
LUCAS REIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para a torcida, foi tudo perfeito: o Santos estreou no Campeonato Paulista com goleada,
Neymar e Paulo Henrique Ganso brilharam e o ídolo Giovanni
não só jogou como deu belo
passe para um dos gols.
Mas, para o técnico Dorival
Júnior, os jogadores precisam
passar longe da euforia da torcida. Logo após a goleada por 4
a 0 contra o Rio Branco, anteontem, no Pacaembu, o treinador afirmou que o resultado
maquiou erros da equipe e muita coisa precisa ser melhorada.
O time buscará seu segundo
triunfo amanhã, contra a Ponte
Preta, na Vila Belmiro.
"Foi uma boa vitória, mas nada além disso. Ainda estamos
distantes do nível que precisamos alcançar. É natural que o
torcedor tenha ficado eufórico,
pois vive disso, do momento, do
resultado. Mas é muito cedo,
muita coisa terá que ser feita
daqui para frente", disse.
O time titular que entrou em
campo anteontem deve ser bastante alterado por Dorival. Ainda sem condições de jogo, Marquinhos, ex-Avaí, é uma das
apostas para o meio campo da
equipe. O lateral-direito Maranhão, ex-Guarani, também deve ganhar oportunidade.
A defesa foi o único setor criticado por Dorival após a partida. Bruno Rodrigo e Bruno
Aguiar formaram a dupla titular, mas devem ser substituídos
por Edu Dracena e Durval, que
seguem fazendo treinos físicos.
"Nossa dupla de zaga ainda não
está definida. Mesmo com a
boa atuação do time, tivemos
erros na defesa, e erros graves,
que poderiam ter comprometido", disse o treinador.
O atacante Neymar, autor de
dois gols, parece ter assimilado
o discurso de Dorival, que teve
uma longa conversa com todos
os jogadores antes do treinamento de ontem.
"Fizemos uma boa estreia, o
time jogou bem, mas foi apenas
o primeiro jogo. Temos de ter
humildade. Temos que ter calma, cabeça no lugar, pois ainda
não conseguimos nada", disse.
Em relação a Giovanni, 37,
um dos destaques da vitória,
Dorival afirmou que o camisa
10 deve ser um "complemento"
à equipe, e não a solução.
"Não podemos exigir muito
do Giovanni por causa da parte
física do jogador. A equipe é que
precisa dar condições a ele. Ele
será muito útil assim como foi
no Pacaembu, quando entrou
com calma, tranquilidade. Ele
será um jogador que poderá
nos dar uma boa opção durante
o decorrer das partidas", disse.
O próprio jogador foi comedido ao falar sobre sua atuação.
O meia, que não participava
de uma partida oficial desde
abril do ano passado, jogou por
31 minutos e foi ovacionado pelos quase 13 mil torcedores.
Deu passe para Ganso, no terceiro gol da equipe, mas minimizou sua participação.
"Sinceramente, não achei
que joguei bem. Acho que posso
render muito mais. As pernas
estão pesadas devido aos treinamentos. Aos poucos, vou adquirindo o ritmo", disse ontem,
após treino da equipe.
Paulo Henrique Ganso, que
chegou ao Santos graças a indicação de Giovanni, elogiou o
veterano e, ao contrário do discurso de Dorival, disse que ele
chega para salvar a equipe.
"O time tem que jogar para o
Giovanni. Espero que ele possa
resolver as partidas pra gente.
O negócio é deixar que Ganso,
Neymar, Madson corram para
que ele possa só pensar em decidir a partida", disse o meia,
que marcou os outros dois gols.
Texto Anterior: Segredo: Após 3 meses, sai contrato dos jogos Próximo Texto: Frase Índice
|