São Paulo, terça-feira, 19 de janeiro de 2010

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Dorival Jr. pede calma com jovens e Giovanni

Técnico do Santos minimiza goleada no Rio Branco na estreia do Paulista

Para treinador, vitória no estádio do Pacaembu escondeu falhas da defesa e equipe não pode exigir mais do veterano camisa 10

LUCAS REIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Para a torcida, foi tudo perfeito: o Santos estreou no Campeonato Paulista com goleada, Neymar e Paulo Henrique Ganso brilharam e o ídolo Giovanni não só jogou como deu belo passe para um dos gols.
Mas, para o técnico Dorival Júnior, os jogadores precisam passar longe da euforia da torcida. Logo após a goleada por 4 a 0 contra o Rio Branco, anteontem, no Pacaembu, o treinador afirmou que o resultado maquiou erros da equipe e muita coisa precisa ser melhorada.
O time buscará seu segundo triunfo amanhã, contra a Ponte Preta, na Vila Belmiro.
"Foi uma boa vitória, mas nada além disso. Ainda estamos distantes do nível que precisamos alcançar. É natural que o torcedor tenha ficado eufórico, pois vive disso, do momento, do resultado. Mas é muito cedo, muita coisa terá que ser feita daqui para frente", disse.
O time titular que entrou em campo anteontem deve ser bastante alterado por Dorival. Ainda sem condições de jogo, Marquinhos, ex-Avaí, é uma das apostas para o meio campo da equipe. O lateral-direito Maranhão, ex-Guarani, também deve ganhar oportunidade.
A defesa foi o único setor criticado por Dorival após a partida. Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar formaram a dupla titular, mas devem ser substituídos por Edu Dracena e Durval, que seguem fazendo treinos físicos. "Nossa dupla de zaga ainda não está definida. Mesmo com a boa atuação do time, tivemos erros na defesa, e erros graves, que poderiam ter comprometido", disse o treinador.
O atacante Neymar, autor de dois gols, parece ter assimilado o discurso de Dorival, que teve uma longa conversa com todos os jogadores antes do treinamento de ontem.
"Fizemos uma boa estreia, o time jogou bem, mas foi apenas o primeiro jogo. Temos de ter humildade. Temos que ter calma, cabeça no lugar, pois ainda não conseguimos nada", disse.
Em relação a Giovanni, 37, um dos destaques da vitória, Dorival afirmou que o camisa 10 deve ser um "complemento" à equipe, e não a solução.
"Não podemos exigir muito do Giovanni por causa da parte física do jogador. A equipe é que precisa dar condições a ele. Ele será muito útil assim como foi no Pacaembu, quando entrou com calma, tranquilidade. Ele será um jogador que poderá nos dar uma boa opção durante o decorrer das partidas", disse.
O próprio jogador foi comedido ao falar sobre sua atuação.
O meia, que não participava de uma partida oficial desde abril do ano passado, jogou por 31 minutos e foi ovacionado pelos quase 13 mil torcedores. Deu passe para Ganso, no terceiro gol da equipe, mas minimizou sua participação.
"Sinceramente, não achei que joguei bem. Acho que posso render muito mais. As pernas estão pesadas devido aos treinamentos. Aos poucos, vou adquirindo o ritmo", disse ontem, após treino da equipe.
Paulo Henrique Ganso, que chegou ao Santos graças a indicação de Giovanni, elogiou o veterano e, ao contrário do discurso de Dorival, disse que ele chega para salvar a equipe.
"O time tem que jogar para o Giovanni. Espero que ele possa resolver as partidas pra gente. O negócio é deixar que Ganso, Neymar, Madson corram para que ele possa só pensar em decidir a partida", disse o meia, que marcou os outros dois gols.


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