São Paulo, domingo, 19 de março de 2006

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Ex-olímpico vê mais equívocos

DO ENVIADO AO RIO

Não só "Sonho e Conquista" mas também outros registros do Brasil podem estar equivocados, segundo Oswaldo Domingues.
Baseado em sua memória, fotos e anotações pessoais, o ex-velocista assegura que Dalmo de Oliveira Teixeira, do salto em distância, não viajou para Berlim. "Tenho absoluta certeza. Ele era cadete do Exército e não foi liberado."
Contudo tanto em "Sonho e Conquista" como em outras obras de referência nacionais, como "Os Arquivos das Olimpíadas", de Maurício Cardoso, o nome de Dalmo consta com um nono lugar, num salto de 7,05 m.
Oswaldo também compara fotos presentes em "Sonho e Conquista" e discorda de legendas. A nadadora Piedade Coutinho, quinto lugar na final dos 400 m livre, não seria a apontada em algumas das referências.
Em seu arquivo pessoal, Oswaldo guarda fotos de uma Piedade bem diferente, além de uma da delegação da CBD em que estão identificados atletas como Darcy Radich (110 m com barreiras), Antônio Dâmaso de Carvalho (400 m), Oswaldo Gonçalves (110 m e 400 m com barreiras) e o técnico Eugênio Rappaport.
Segundo Oswaldo, é difícil que esses atletas, presentes nos registros, tenham competido, já que a CBD decidiu pelo abandono do atletismo após sua eliminação.
A barreira da língua pode ser outro foco de erros. "Um pesquisador português entrou em contato comigo atrás de um depoimento e me informou que um livro de um historiador alemão, Ekkehard zur Megede, cita meu nome como X. Dominos." (MDA)


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