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Jogadores querem administrar
da Agência Folha, em Campo Grande
Jogadores e comissão técnica do
Operário de Campo Grande se rebelaram contra a direção do clube
e querem assumir sua administração, para evitar que a equipe fique
fora do campeonato estadual.
O técnico Amarildo de Carvalho, 33, passou ontem o dia procurando o presidente do clube, Aluízio Borges, que estava em Brasília,
para lhe comunicar a intenção de
se criar uma cooperativa de jogadores. Eles se responsabilizariam
por procurar apoio financeiro
com empresas e candidatos nas
próximas eleições.
Segundo Carvalho, os jogadores
"não têm nada a perder". Alguns
estão há seis meses sem receber os
salários, que oscilam entre R$ 240
e R$ 1.000. O próprio treinador,
contratado por R$ 2.000 mensais,
está com salário atrasado.
Comissão técnica e jogadores
deveriam se reunir ainda ontem à
noite para discutir detalhes da
proposta, que deve ser apresentada hoje à federação de futebol.
Uma das condições legais para
que os jogadores assumam o clube
é a destituição de Borges, que já
avisou, por meio da imprensa local, que não pensa em deixar o
cargo.
A torcida promete organizar
uma passeata para protestar contra a possível ausência do time no
campeonato. O assessor de imprensa do Operário, Carlos Alberto de Carvalho, 58, disse que o último contato que teve com o presidente do clube foi no sábado,
quando ele reafirmou a disposição
de não disputar o estadual.
(RV)
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