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Osasco conquista "na unha" a Superliga
Equipe vence Rio após perder título
para maior rival nos últimos 4 anos
Com unhas amarelas, Natália
marca 28 pontos e comanda
vitória de time de SP, que
quase foi extinto há um ano
por falta de patrocinadores
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Garra e união simbolizadas
nas unhas. Disputando a sexta
final seguida da Superliga feminina, Rio e Osasco lançaram
mão de um mesmo elemento
motivador para entrar em quadra ontem no Ibirapuera. Enquanto as atletas do Rio pintaram as unhas de rosa, as do
Osasco foram de laranja, assim
como a cor de seus uniformes.
As laranjas levaram a melhor. Com Natália e Jaqueline
em um dia inspirado, o Osasco
venceu por 3 sets a 2 (25/23,
18/25, 19/25, 25/13 e 15/12). E,
após quatro anos perdendo o título para o principal rival, derrubou um estigma de time que
"amarela" na reta final.
Curiosamente, o amarelo foi
a cor que ornou as unhas da
principal jogadora da decisão: a
oposto Natália, 21. A atleta do
Osasco foi a maior pontuadora
da partida, com 28 pontos (10,
somente no tie-break), e a regente da torcida que lotou o Ibirapuera. Cerca de 10 mil pessoas foram ontem ao ginásio.
"Eu e a [líbero Camila] Brait
quisemos ser diferentes e pintamos de amarelo", explicou
Natália, entre sorrisos, com sua
primeira medalha de ouro da
Superliga pendurada no peito.
E a atleta fez, de fato, a diferença nos momentos decisivos.
Com o primeiro set equilibrado (23 a 23), Natália acertou
dois ataques que conduziram
sua equipe à vitória (25 a 23);
No segundo e terceiro sets, o
time comandado por Bernardinho reagiu e dominou o jogo,
vencendo por 25/18 e 25/19.
Na parcial seguinte, o Osasco
praticamente atropelou: 25/13.
No tie-break, Natália voltou a
crescer. O Rio chegou a abrir 4 a
0 logo no início. Parecia que o
fantasma dos últimos anos voltaria a assombrar o Osasco.
Mas Natália comandou a reação e incendiou a torcida, levando o time à virada: 5 a 4.
Daí em diante, os pontos se
alternaram até Thaísa ir para o
saque quando estava 10 a 9 para
o Rio. Com a meio do Osasco no
serviço e os ataques precisos de
Natália, o time paulista disparou: 14 a 10. O Rio ainda esboçou uma reação, mas em um
contra-ataque, Regiane mandou a bola para fora e a torcida
no Ibirapuera explodiu.
Lágrimas molharam os olhos
das atletas do Osasco. Há um
ano, a tradicional equipe de São
Paulo quase foi extinta por falta
de patrocinador.
Após eliminar na semifinal o
São Caetano, cujas jogadoras
pintaram de verde suas unhas,
a levantadora do Rio, Dani
Lins, provocou: "Pega a acetona". Ontem, a acetona sobrou
para o time carioca.
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