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Brasileiros ratificam marcas no GP do Rio
Índices registrados no Célio de Barros
servem para a Olimpíada de Pequim
Oito atletas registraram ou
reconfirmaram marcas que
já definem ou servirão para
nortear convocação de
delegação para os Jogos
DIANA BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
Em um dia em que oito brasileiros confirmaram índices para Pequim-08 durante o GP do
Rio de atletismo, Zenaide Vieira, 23, surpreendeu na prova
dos 3.000 m com barreiras feminino, prova na qual o Brasil
não tem tradição, ontem, no estádio Célio de Barros, no Rio.
Em terceiro lugar, atrás da
etíope Zemzem Ahmed
(9min32s53) e da jamaicana
Mardrea Hyman (9m41s68), a
brasileira atingiu o índice A
(9min42s10), recorde sul-americano, e garantiu ida a Pequim.
"Hoje, foi melhor do que eu
esperava. Só queria abaixar
meu tempo, mas não imaginava
que ia conseguir o índice no
Rio, ainda mais com o recorde
sul-americano", disse Zenaide.
Além dela, o Brasil registrou
durante a competição mais índices para Pequim: outros três
atletas obtiveram ou confirmaram o índice A, e quatro, o B.
Jadel Gregório, recorde sul-americano (17,90 m) no salto
triplo e um dos principais nomes do atletismo brasileiro, lamentou a derrota (17,27 m), por
um centímetro, para o cubano
David Girat (17,28 m), que tem
a melhor marca deste ano
(17,50 m). "Minha marca ainda
está com bastante erro", disse
ele, que repetiu o índice A.
Mesmo em segundo lugar,
Gregório fez o melhor índice do
ano no GP Rio. "Se eu continuar assim, eu vou conseguir
um bom resultado nos Jogos."
Foi o mesmo caso de Maurren Maggi, que reconfirmou o
índice A no salto em distância,
ao ficar com a medalha de ouro
com a marca de 6,91 m. E Sandro Viana, na prova dos 200 m,
reconfirmou o índice A.
Rosângela Cristina Santos
chegou em segundo lugar na
prova dos 100 m, com o tempo
de 11s41 (atrás da jamaicana
Shelly-Ann Frazier, 11s32) e
tem grande chance de ir a Pequim, pois fez o índice B.
A corredora só não pode comemorar a vaga porque até o
dia 20 de julho (data da última
seletiva) ela ainda terá uma importante adversária em seu caminho: Lucimar Moura, que ficou em terceiro no Rio (11s83).
Lucimar conquistou o índice A
(11s32) no ano passado, mas pelas regras de classificação, o índice só valerá se ela conseguir
atingir pelo menos o índice B.
Rosângela foi apoiada pela
torcida de Padre Miguel, bairro
da zona oeste do Rio onde foi
criada. "Fui bem, apesar de ter
pecado na saída. Espero baixar
cada vez mais o tempo para
buscar o índice para a Olimpíada", comentou a atleta.
Fabiano Peçanha (800 m),
que já tinha o índice A, obteve o
índice B ontem. Foi o mesmo
que aconteceu com Anselmo
Gomes da Silva, na prova dos
110 m com barreiras.
No salto em distância, Erivaldo Vieira foi o segundo, com
8m05, e chegou ao índice B.
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