São Paulo, domingo, 19 de junho de 2005

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VÔLEI

Levantador Ricardinho critica nervosismo no início

Brasil supera Portugal por 3 a 1 e reassume a ponta na Liga Mundial

MARIANA LAJOLO
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

A seleção tirou ontem das costas o peso que a incomodava e ganhou fôlego novo na Liga.
Por 3 sets a 1 (26/24, 25/23, 25/20 e 25/18), o time despachou Portugal, em Brasília, sua primeira apresentação no país após o ouro nos Jogos de Atenas-2004.
Se vencer novamente hoje, às 10h, dará passo importante rumo às finais, em julho. Os próximos rivais são Japão e Venezuela, de quem a seleção não perdeu.
A pressão por um bom resultado ontem era evidente. A derrota por 3 a 0, na Europa, havia levado o time à segunda posição do Grupo A -só um avança- e mexido com a auto-estima do grupo. Naquele jogo, Bernardinho arriscou e escalou a equipe com novatos.
"Acordei às três da manhã. Se perdesse, talvez fosse o primeiro técnico do Brasil a não ir às finais. Tudo isso pesa. Para mim e para eles. Que isso sirva para amadurecermos e aprendermos a lidar com a nova condição", disse.
Ontem, ele promoveu a volta de Giba e Gustavo que jogaram bem. Mas a experiência dos campeões olímpicos não evitou que o time entrasse nervoso em quadra. "Não gostei disso", disse o levantador e capitão Ricardinho.
Outro grave problema, repetido por Portugal, foram os erros. A seleção entregou 31 pontos contra 41 do adversário.
O time, porém, mostrou poder de reação. No primeiro set, o Brasil ficou atrás até 24/20, quando Anderson entrou. O oposto emplacou bons saques, e a equipe virou o jogo até fechar em 26/24.
"Quando você entra, é para suprir alguma deficiência do grupo. Sempre tento o melhor."
Anderson foi tão bem que o alvo de seus saques, Flávio Cruz, passou a ser substituído toda vez que voltava a errar recepções.
Sua atuação fez Bernardinho classificá-lo como destaque individual. Porque, entre os demais, houve equilíbrio. Giba, André Nascimento e Rodrigão anotaram 11 pontos. Gustavo, 10. Dante, 7.
Para o técnico, no conjunto, Portugal teve melhor atuação.
O Brasil voltou a jogar mal no terceiro set, quando entregou dez pontos em erros. Mas se recuperou, e fechou com facilidade.
"O que mudou foi a postura, jogamos com perseverança, estávamos com boa auto-estima", afirmou o ponta Dante.
Para Ricardinho, porém, os dois momentos críticos do jogo de ontem deixaram um aviso. "Não dá para achar que está ganho e levar com tranqüilidade."


NA TV - Globo, ao vivo, a partir das 10h


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