|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI
Técnico da maior surpresa da Liga Mundial vê o Brasil como o melhor time do mundo
Canadá atribui sucesso à experiência
da Reportagem Local
Em seis meses, o Canadá saltou
da modestíssima condição de 12º
colocado no Mundial masculino
do Japão para despontar hoje como a maior surpresa -talvez a
única- da Liga Mundial de vôlei.
Rival do Brasil em dois jogos neste fim-de-semana, o primeiro deles hoje, às 10h, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio, o Canadá lidera o Grupo B da competição.
Tem quatro vitórias e duas derrotas, mesma campanha do Brasil,
mas leva vantagem no critério de
desempate, o set average (sets vencidos divididos pelos perdidos).
Se a fase classificatória terminasse hoje, avançariam para a próxima fase canadenses e brasileiros.
De fora, ficariam a Espanha (oitava no Mundial) e a Holanda, atual
campeã olímpica e dona de um título da Liga, o de 96, mas que perdeu cinco de suas seis partidas.
Garth Pischke, 44, jogador nos
anos 70 e 80 e hoje técnico da seleção, afirma que a atual performance do Canadá no torneio deve-se à
existência de ""um bom grupo de
atletas que aprenderam muito jogando na Europa e, principalmente, quando enfrentaram as grandes
potências mundiais".
A seguir, trechos da entrevista do
técnico à Folha.
(JAD)
Folha - O senhor esperava essa
campanha de sua equipe?
Garth Pischke - Nós esperávamos. É verdade (risos). Fizemos
bons jogos no Mundial e enfrentamos as grandes seleções, que são o
verdadeiro parâmetro. Temos um
grupo com jogadores experientes.
Até aqui, fizemos boas partidas em
casa. Agora, vamos para o grande
desafio -buscar a vaga fora.
Folha - O que o senhor pensa de
ter como adversários de grupo
Brasil, Espanha e Holanda?
Pischke - São grandes rivais,
principalmente Brasil e Holanda.
A Holanda talvez tenha decepcionado um pouco. Mas reforçaram-se com (Richard) Schuil e (Bas)
van de Goor. Podem se recuperar.
Folha - E o Brasil? Quais são suas
expectativas para as partidas?
Pischke - O Brasil é o melhor time
do mundo. Só não foi campeão
mundial porque o Giba se machucou contra a Itália. Certamente os
jogos aqui serão mais difíceis do
que os no Canadá.
Folha - Quais são os pontos fortes e os fracos de sua equipe?
Pischke - Nosso ponto mais forte
é o bloqueio. O ponto fraco é a recepção. Por vezes, ela é falha. Isso
complica nosso planejamento.
Folha - Quais são as chances de o
Canadá figurar entre os grandes times do mundo?
Pischke - Essa geração é muito
boa, talvez uma das melhores que
tivemos. Por isso, acredito que temos chance de avançar às finais, o
que já seria fantástico.
Texto Anterior: Recuperado, Mauro Galvão joga Próximo Texto: Marcelo Negrão tem reestréia oficial hoje Índice
|