São Paulo, Sábado, 19 de Junho de 1999
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VÔLEI
Técnico da maior surpresa da Liga Mundial vê o Brasil como o melhor time do mundo
Canadá atribui sucesso à experiência

da Reportagem Local

Em seis meses, o Canadá saltou da modestíssima condição de 12º colocado no Mundial masculino do Japão para despontar hoje como a maior surpresa -talvez a única- da Liga Mundial de vôlei.
Rival do Brasil em dois jogos neste fim-de-semana, o primeiro deles hoje, às 10h, no ginásio do Maracanãzinho, no Rio, o Canadá lidera o Grupo B da competição.
Tem quatro vitórias e duas derrotas, mesma campanha do Brasil, mas leva vantagem no critério de desempate, o set average (sets vencidos divididos pelos perdidos).
Se a fase classificatória terminasse hoje, avançariam para a próxima fase canadenses e brasileiros. De fora, ficariam a Espanha (oitava no Mundial) e a Holanda, atual campeã olímpica e dona de um título da Liga, o de 96, mas que perdeu cinco de suas seis partidas.
Garth Pischke, 44, jogador nos anos 70 e 80 e hoje técnico da seleção, afirma que a atual performance do Canadá no torneio deve-se à existência de ""um bom grupo de atletas que aprenderam muito jogando na Europa e, principalmente, quando enfrentaram as grandes potências mundiais".
A seguir, trechos da entrevista do técnico à Folha. (JAD)


Folha - O senhor esperava essa campanha de sua equipe?
Garth Pischke -
Nós esperávamos. É verdade (risos). Fizemos bons jogos no Mundial e enfrentamos as grandes seleções, que são o verdadeiro parâmetro. Temos um grupo com jogadores experientes. Até aqui, fizemos boas partidas em casa. Agora, vamos para o grande desafio -buscar a vaga fora.

Folha - O que o senhor pensa de ter como adversários de grupo Brasil, Espanha e Holanda?
Pischke -
São grandes rivais, principalmente Brasil e Holanda. A Holanda talvez tenha decepcionado um pouco. Mas reforçaram-se com (Richard) Schuil e (Bas) van de Goor. Podem se recuperar.

Folha - E o Brasil? Quais são suas expectativas para as partidas?
Pischke -
O Brasil é o melhor time do mundo. Só não foi campeão mundial porque o Giba se machucou contra a Itália. Certamente os jogos aqui serão mais difíceis do que os no Canadá.

Folha - Quais são os pontos fortes e os fracos de sua equipe?
Pischke -
Nosso ponto mais forte é o bloqueio. O ponto fraco é a recepção. Por vezes, ela é falha. Isso complica nosso planejamento.

Folha - Quais são as chances de o Canadá figurar entre os grandes times do mundo?
Pischke -
Essa geração é muito boa, talvez uma das melhores que tivemos. Por isso, acredito que temos chance de avançar às finais, o que já seria fantástico.


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