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FUTEBOL
Técnico afirma que fica no Palmeiras mesmo sem reajuste salarial; decisão agora só depende da presidência
Scolari diz que continua mais um ano
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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O volante Rogério, que começou a negociar a renovação de seu contrato, em treino para a final de amanhã |
FÁBIO VICTOR
FERNANDO MELLO
da Reportagem Local
Assediado por clubes estrangeiros com propostas milionárias, o
técnico Luiz Felipe Scolari garantiu ontem sua permanência por
pelo menos mais um ano no Palmeiras mesmo perdendo dinheiro.
O treinador comunicou à diretoria e à Parmalat, co-gestora do clube, que permanece com o mesmo
contrato, sem necessidade de qualquer mudança ou reajuste salarial.
A única condição imposta foi
que o acordo seja renovado por pelo menos mais 12 meses.
"Quero continuar por mais um
ano ou um ano e meio, mas apenas
por seis meses não tenho interesse.
Não coloquei nenhum empecilho
ou dificuldade financeira e dei três
dias (a partir de domingo, quando
vence o contrato) para eles decidirem", informou Scolari.
Agora, a confirmação da renovação depende apenas do presidente
do Palmeiras, Mustafá Contursi, já
que a Parmalat é a mais interessada na permanência.
O diretor da multinacional para
o clube, Paulo Angioni, irá se reunir com Contursi na próxima segunda-feira para fechar o acordo.
"Está tudo certo. Se Deus quiser,
definiremos tudo na segunda. A
atitude do Felipe não me surpreende, pois ele é uma pessoa que coloca o bem-estar acima dos valores
materiais", comemorou Angioni.
"Ele está vivendo um ótimo momento no Palmeiras, se sentindo
bem e querido. Para ele isso vale
mais do que qualquer coisa."
Com a opção, Scolari pode deixar
de ganhar US$ 80 mil todo mês. O
clube espanhol Betis, o mais interessado no técnico, se dispõe a pagar US$ 200 mil mensais, contra os
US$ 120 mil que ele ganha hoje.
Scolari admitiu ter recebido vários faxes de clubes estrangeiros
("Garanto que não fico desempregado"), mas disse que as ofertas
não lhe abalaram. "Não preciso de
mais nada (em relação ao atual
contrato). Dinheiro é importante,
mas não é tudo na vida."
Mesmo pensando assim, Scolari
não deixou de festejar o "perdão"
financeiro anunciado ontem pela
FPF (Federação Paulista de Futebol). A entidade comunicou que
não mais cobrará a multa de R$ 50
mil dada a Scolari pela escalação
de um time reserva no primeiro
jogo da decisão do Paulista.
A alegação do presidente da FPF,
Eduardo José Farah, foi a conquista da Libertadores pelo Palmeiras.
O técnico disse que não esperava
o perdão da multa. "O Farah sempre me surpreende."
A FPF também transformou em
multa de R$ 1.000 a suspensão de
um jogo aplicada ao atacante
Evair, expulso na primeira final.
Amanhã, o time não terá o zagueiro Júnior Baiano nem o volante César Sampaio, contundidos.
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