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5 chefes são naturalizados
da Reportagem Local
Dos estrangeiros naturalizados
que integram a delegação brasileira que vão a Winnipeg, cinco são
chefes de equipe: Yong Min Kim
(taekwondo), Luís Manuel Barreto (badminton), Maurício Galindo Rodriguez (pólo aquático
masculino), Shuhei Tsuji (beisebol) e Paul Imbriaco (canoagem).
Há 23 anos no Brasil, o coreano
naturalizado Kim, 54, fundador
da Confederação Brasileira de
Taekwondo, crê que o fato de ser
natural do país de maior tradição
na modalidade torna mais fáceis
os contatos no exterior.
""O fato de saber falar a língua
coreana, a própria identificação
física, todos esses detalhes ajudam quando se está tratando com
o pessoal da federação internacional", reconhece o dirigente, que já
foi até personagem de revistas em
quadrinhos e programas de TV.
Natural de Portugal, Barreto, de
49 anos, é outro estrangeiro que
fundou uma confederação -a de
badminton- após ganhar a cidadania brasileira. Como atleta, foi
campeão português.
Ele aponta outras vantagens do
fato de ser originário de um país
onde a modalidade que dirige no
Brasil é mais desenvolvida.
""Não sou técnico, não é esse o
tipo de contribuição que posso
dar para o esporte. Mas só pelo fato de ter vindo de um país onde o
badminton é mais forte, tem mais
tradição, é uma vantagem na hora
de organizar eventos, acertar o calendário etc", explica Barreto.
No cenário internacional, a seleção de Portugal está um nível acima do Brasil. Em Mundiais, o
Brasil compete no grupo (ou nível) seis. Portugal, no cinco.
Tsuji chefiará a equipe de beisebol nos Jogos Pan-Americanos.
Herdou dos ancestrais japoneses
a paixão pelo beisebol, esporte
que tem com principais centros o
Japão e os EUA.
Outro japonês naturalizado
brasileiro integrará a equipe da
modalidade em Winnipeg. Mitsuyoshi Sato será o técnico, porém reconhece que as raízes japonesas provavelmente não serão o
suficiente para impulsionar o time brasileiro ao ouro.
""Será muito difícil bater os EUA
ou Cuba, os mais fortes candidatos ao ouro. Além deles, outros times com tradição no esporte estarão participando. Acho que só o
fato de estarmos competindo já é
motivo de comemoração", diz.
O Pan-Americano funcionará
como seletiva do beisebol para os
Jogos Olímpicos de Sydney-2000.
(EO)
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