FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

A má fase fez Gustavo Kuerten adotar uma estratégia esquecida havia quase cinco temporadas.
Na semana anterior ao Aberto dos EUA, Guga disputa uma partida oficial e enfrenta hoje, às 17h, o eslovaco Dominik Hrbaty na estréia do Torneio de Long Island em busca de ritmo de jogo.
A última vez que o brasileiro não ficou treinando na semana que antecedia o último Grand Slam da temporada foi em 1998.
Naquela época, Kuerten já havia conquistado um Roland Garros, mas ainda estava longe de seus melhores resultados na carreira.
Desde então, Guga acostumou-se a reservar a véspera dos Grand Slams somente para treinar.
A exceção é o Aberto da Austrália, no início da temporada. Para esse torneio, ele já adotou várias estratégias (jogou nas duas semanas anteriores, disputou uma competição e descansou antes do Aberto ou ficou só treinando e começou a temporada nas quadras de Melbourne), mas nunca passou da segunda rodada, seu pior retrospecto em Grand Slam.
Nem mesmo para o retorno a Wimbledon neste ano -Kuerten não atuava na grama desde julho de 2000-, ele jogou na semana imediatamente anterior.
A programação do brasileiro não previa a disputa de Long Island, mas a má campanha no segundo semestre o fez mudar de idéia. "Estou sentindo a falta de jogos", afirmou ele, que disputou apenas cinco partidas (duas vitórias e três derrotas) nos torneios que havia planejado como preparação para o Aberto dos EUA.
Kuerten enfrentaria o americano Mardy Fish, vice-campeão de Cincinnati no domingo, mas o adversário desistiu da disputa.
Com isso, Guga jogará contra Hrbaty, 54º colocado do ranking. Em três confrontos, o eslovaco tem vantagem de 2 a 1.
A última vez que eles se encontraram, na final de Auckland, em janeiro, o brasileiro venceu.
Flávio Saretta, que pela primeira vez apareceu entre os top 50 (é o 48º), também joga hoje, contra o espanhol Albert Costa.


Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: O calvário de 2003
Índice