DA REPORTAGEM LOCAL

Um ano depois de ver o Cruzeiro comandar a temporada de ponta a ponta, os times mineiros perderam o passo nesta temporada e passam por maus momentos no cenário nacional.
Cruzeiro, Atlético e América amargam campanhas abaixo do esperado e estão longe de reeditar o desempenho de 2003.
De favorito ao título a coadjuvante. Essa é a situação do Cruzeiro, que passa pelas mãos de seu terceiro técnico -Marco Aurélio assumiu após Paulo César Gusmão e Emerson Leão caírem- e não consegue encostar na zona de classificação da Libertadores.
Para piorar, Marco Aurélio viu o grupo rachar com a chegada do argentino Sorín e ainda sofre com a falta de gols do artilheiro Guilherme, que só marcou uma vez até agora neste Brasileiro. "Acho que o momento é de união. O grupo é bom e só depende dele mesmo para melhorar na classificação", afirmou o técnico.
Se no Cruzeiro o trabalho está sendo feito para recuperar o time no Nacional, pelos lados do Atlético-MG o esforço é para salvar a equipe do rebaixamento.
No ano passado, o time teve uma média de aproveitamento de 52,7%. Nesta edição do Brasileiro, a eficácia da equipe caiu sensivelmente, para 37,8%.
A má campanha custou a cabeça do técnico Paulo Bonamigo. Agora, a missão de não deixar o time entrar na zona de rebaixamento está a cargo de Jair Picerni.
"Precisamos ter regularidade jogando em casa. Num campeonato como este não se pode perder pontos como mandante", afirmou o treinador.
Mas, apesar do discurso de Picerni, as coisas andam complicadas no Atlético-MG. Rodrigo Fabri, contratado para tirar o time do buraco, precisou de 11 partidas para conseguir marcar seus dois primeiros gols na competição.
O time que vive o momento mais delicado, entretanto, é o América-MG: está quase rebaixado para a Série C.
"O América não tem dinheiro. A média salarial é baixa [R$ 3.000] e não dá para reforçar o time com tão pouco", afirmou Carlos Alberto Silva, que dirigiu a equipe em parte do Brasileiro da segunda divisão e que saiu para dar lugar ao ex-volante Pintado.


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