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São Paulo, domingo, 19 de outubro de 2003

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Treinador paga dívida com o governo no Refis

FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC

Condenado pela Justiça Federal do Rio a cinco anos e três meses de prisão, em regime semi-aberto, por sonegação fiscal, Wanderley Luxemburgo entrou no Refis 2. O programa permite a empresas e pessoas físicas parcelarem dívidas com o governo em até 180 meses.
O técnico chegou a ser autuado em R$ 1,3 milhão depois de terem sido encontrados em suas contas depósitos bancários não-declarados de R$ 10,32 milhões.
Em liberdade, Luxemburgo pôde recorrer da condenação da Justiça do Rio, cuja decisão foi em primeira instância. Ele alega que já havia pago parte do valor de autuação da Receita e que ainda pôde aderir ao Refis.
O processo partiu de denúncia feita por Renata Carla Alves, sua ex-assessora, em agosto de 2000.
Ela arrematou, com dinheiro do treinador, bens em leilões e depois os revendeu. Luxemburgo não declarou os valores e não soube explicar as transações à CPI do Futebol no Senado.
À CPI, também não soube explicar sua relação com José Carlos Santiago de Andrade, seu sócio em duas empresas, que chegou a atuar na arbitragem em jogo do Corinthians quando o treinador dirigia o clube.
A CPI suspeitava que o técnico, além da sonegação fiscal, havia mandado dinheiro irregularmente ao exterior. No final, porém, pediu seu indiciamento ""apenas" pelos crimes tributários.
Além dos problemas fiscais, ele enfrentou processo por falsidade ideológica. Apesar de ter nascido em 10 de maio de 1952, sua certidão de nascimento falsificada dizia que ele nascera três anos depois. Após a acusação, ele trocou os documentos e foi absolvido, o mesmo acontecendo no caso da manicure de Campinas que o acusou de assédio sexual.


Colaborou João Carlos Assumpção, da Reportagem Local


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