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Treinador tem
uma demissão
em sua carreira
FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem só conhece o histórico recente de Luiz Felipe
Scolari jamais imaginaria
que ele um dia abandonou
um clube menos de um mês
após assumir.
As ""passagens-relâmpago" foram pelo Coritiba, em
90, e pelo Atlético-GO, em 91
-passou 20 dias em cada.
Segundo Scolari, a saída do
time paranaense se deu por
iniciativa própria: ""Não consegui colocar em ordem o
que queria, aí devolvi as luvas e fui embora".
No Atlético-GO, conta que
os motivos foram financeiros. ""Recebi um cheque que
bateu na trave três vezes."
Em 19 anos de carreira, iniciada no CSA (Alagoas) em
82, está em seu 13º clube, incluindo as passagens pelo
futebol árabe. Ele dirigiu
também a seleção do Kuait.
Foi demitido uma única
vez, no início da carreira, em
1983. Ele dirigia o Juventude,
mas, após duas derrotas seguidas para o arqui-rival Caxias, foi dispensado.
""Disputávamos uma vaga
nas finais do Gaúcho. Perdemos a primeira partida e, no
segundo jogo, apesar de estarmos bem, voltamos a perder, desta vez aos 40min do
segundo tempo, com um gol
de cabeça marcado de fora
da área. Aí não tinha jeito."
Até sua última passagem
pelo Grêmio (1993-1996), ele
acertava com o contratante
só na base da palavra.
""No Grêmio, convivia com
as dificuldades do clube, sabia o que ele podia e agia de
acordo com isso." Já no Palmeiras e no Cruzeiro, Scolari
assinou contratos por escrito e com multas.
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