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São Paulo demite Mário Sérgio para "preservar patrimônio'
da Reportagem Local
As fortes críticas do técnico Mário Sérgio ao grupo de jogadores
do São Paulo motivaram a sua demissão, menos de dois meses após
assumir o cargo.
No final da tarde de ontem, o clube e o treinador divulgaram uma
nota oficial sobre o assunto, cinco
dias depois de a demissão de Mário Sérgio ter sido decidida por José Augusto Bastos Neto, presidente do clube.
Segundo um conselheiro do São
Paulo, o clube temia ter prejuízo financeiro com a lista de dispensa
elaborada por Mário Sérgio. O treinador pretendia liberar Márcio
Santos, Carlos Miguel e Souza, os
três jogadores mais caros do grupo. O São Paulo investiu US$ 3,5
milhões para contratar Márcio
Santos, US$ 5 milhões por Carlos
Miguel e US$ 4 milhões por Souza.
A lista de dispensas iria ser divulgada no dia 4 de janeiro. Com isso,
o clube não teria tempo hábil para
negociar seus atletas antes de a relação se tornar pública.
O discurso "modesto" do treinador -que afirmou ter ficado contente pelo São Paulo não ter sido
rebaixado para a segunda divisão- também irritou várias pessoas no clube. Segundo esse conselheiro, o final da paciência da diretoria do São Paulo com Mário Sérgio ocorreu após a partida contra o
Juventude, quando o time foi derrotado por 2 a 1. A apatia do time
nessa partida teria irritado o presidente José Augusto Bastos Neto.
"O São Paulo reconhece as qualidades profissionais do senhor Mário Sério. E este, por sua vez, declara ter merecido do clube e de sua
diretoria o indispensável apoio enquanto exerceu suas atividades,
em clima de cordialidade e mútuo
respeito", diz a nota oficial.
No documento, o São Paulo afirma que já pagou a rescisão de contrato de Mário Sérgio. Porém não
revela o valor. A Folha apurou que
o valor é de cerca de R$ 400 mil.
(ALEXANDRE GIMENEZ)
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