São Paulo, quinta, 19 de novembro de 1998

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VÔLEI
Seleção passa por Canadá e se mantém sem perder sets na competição
Brasil vence ao estrear na 2ª fase no Mundial

da Reportagem Local

Depois de derrotar o Canadá na madrugada de ontem em sua estréia nas quartas-de-final, o Brasil aparece como equipe de melhor campanha do Mundial masculino de vôlei, disputado no Japão.
A seleção venceu a partida por 3 a 0 (15/6, 15/9 e 15/3), em uma hora e 18 minutos, em Hiroshima.
Somadas quatro partidas -foram três na fase classificatória-, é a única das 16 equipes remanescentes na competição a não ter perdido nenhuma parcial.
Hoje, o rival seria a Coréia do Sul -derrotada na estréia desta fase pela Espanha pelo mesmo placar.
Agora, nas quartas-de-final, as seleções se enfrentam em dois grupos de oito. De cada chave, saem dois semifinalistas. Justamente os concorrentes mais fortes -Cuba, Argentina e Espanha- só estarão no caminho dos brasileiros nas últimas apresentações.
Para quem se declarava derrotado na véspera do jogo, o Canadá assustou nos dois primeiros sets.
Aos 16min da primeira parcial, o placar estava empatado em 6 a 6. Os canadenses conseguiram esse equilíbrio por meio da variação de saque e do próprio nervosismo da seleção. Cenário semelhante seria visto no set seguinte.
Em ambas parciais, o mesmo desfecho: bastou prolongar a disputa para que o Canadá errasse concedendo pontos. Em todo o jogo, foram 17 pontos em erros, enquanto o Brasil ofereceria 4.
Praticamente não houve confronto no último set. Desanimados, os jogadores do Canadá, quando não erravam, paravam no bloqueio de Gustavo (5 pontos) e Douglas (2 pontos na partida).
"O Brasil está acostumado a grandes eventos. Nós, não. Erramos quando chegaram os momentos decisivos", disse o técnico Garth Pische -o mesmo que um dia antes dissera que Cuba e Brasil seriam invencíveis no grupo.
"Não jogamos bem nos dois primeiros sets porque estávamos nervosos. Quando relaxamos, vencemos", disse o levantador Maurício, 30, remanescente do grupo de Barcelona-92 e capitão de um time com média de 25 anos.
Mesmo dizendo-se satisfeito, Radamés Lattari, técnico da equipe, queixou-se de seus jogadores. "Eles (canadenses ) tinham dito que não nos venceriam. Não lutaram muito para isso. Mas o começo apertado foi culpa nossa."



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