São Paulo, sábado, 20 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Atleta ficará no clube por R$ 500 mil

DA REPORTAGEM LOCAL
E DO PAINEL FC

O menor dos males para o Corinthians após ter sido condenado a pagar o Lyon é que o clube está próximo de um acordo para ficar com o atacante até, pelo menos, o mês de julho, quando o mercado de transferências no futebol europeu é reaberto.
Para isso, o clube alvinegro terá de pagar cerca de R$ 500 mil ao jogador, referentes a dois meses de direitos de imagem e uma parte dos salários, de R$ 132 mil mensais, que estão atrasados.
Caso o Corinthians assuma a dívida, o estafe de Nilmar não irá contestar a liminar (decisão provisória) que prorroga o contrato do atacante com o clube até o final deste ano. Uma reunião até terça definirá a questão.
Se não houver acordo, os advogados do atacante pretendem ir à Justiça para liberar o atleta, que disse querer seguir no Parque São Jorge.
Na negociação, Nilmar abre mão de luvas no valor de US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 3,3 milhões) e de salários no mesmo valor, que estão previstos em um contrato entre o atacante e a MSI que tem validade até 2011.
Isso não significa, no entanto, que, se a parceria fizer o pagamento dos 8 milhões ao Lyon, Nilmar cumprirá esse acordo. "A Fifa não reconhece a MSI", diz André Ribeiro, advogado do atleta. Segundo ele, a própria MSI não reconhece esse acordo. A empresa não comentou o assunto.
Em meio a essa discussão, que também pode ir à Justiça, Nilmar treina no Parque São Jorge. Mas não estará em campo amanhã, contra o São Bento, pelo Paulista.
Ontem, o técnico Emerson Leão demonstrou irritação com a situação e deu um ultimato ao atacante. "Uma hora é a Fifa, outra hora é financeiro. Toda hora tem um problema. Então, que ele resolva, e resolva bem. Se parar a terceira vez, pára de vez", disse o treinador corintiano.
Ele reclama do fato de, por conta dos atritos entre o clube e o estafe do jogador, Nilmar ter interrompido duas vezes sua recuperação física.
A situação iniciou uma guerra entre Leão e o procurador do atleta, Orlando Da Hora, que até comparou o técnico a Adolf Hitler.
A diretoria do clube está incomodada com a briga e viu na frase de Leão uma ameaça na linha: ou o empresário pára de provocá-lo ou Nilmar não joga.
Cartolas do clube chegaram a dizer que marcaram encontro para tentar aproximá-los em um restaurante da capital. Por essa versão, Leão teria sido irônico ao classificar Da Hora como o maior empresário do Brasil.
Leão negou o encontro e apimentou: "Poderia me internar se tivesse dito isso."
O clube sofreu outra derrota ontem. A oposição obteve liminar que ordena a posse dos cem conselheiros eleitos no pleito da semana passada.0 (EAR E RP)


Texto Anterior: Fora: Equipe joga amanhã sem Amoroso
Próximo Texto: Palmeiras: Satisfeito com estréia, Caio Jr. recebe Gustavo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.