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Atleta ficará no clube por R$ 500 mil
DA REPORTAGEM LOCAL
E DO PAINEL FC
O menor dos males para o
Corinthians após ter sido
condenado a pagar o Lyon é
que o clube está próximo de
um acordo para ficar com o
atacante até, pelo menos, o
mês de julho, quando o mercado de transferências no futebol europeu é reaberto.
Para isso, o clube alvinegro
terá de pagar cerca de R$ 500
mil ao jogador, referentes a
dois meses de direitos de
imagem e uma parte dos salários, de R$ 132 mil mensais,
que estão atrasados.
Caso o Corinthians assuma a dívida, o estafe de Nilmar não irá contestar a liminar (decisão provisória) que
prorroga o contrato do atacante com o clube até o final
deste ano. Uma reunião até
terça definirá a questão.
Se não houver acordo, os
advogados do atacante pretendem ir à Justiça para liberar o atleta, que disse querer
seguir no Parque São Jorge.
Na negociação, Nilmar
abre mão de luvas no valor de
US$ 1,5 milhão (cerca de R$
3,3 milhões) e de salários no
mesmo valor, que estão previstos em um contrato entre
o atacante e a MSI que tem
validade até 2011.
Isso não significa, no entanto, que, se a parceria fizer
o pagamento dos 8 milhões ao Lyon, Nilmar cumprirá esse acordo. "A Fifa
não reconhece a MSI", diz
André Ribeiro, advogado do
atleta. Segundo ele, a própria
MSI não reconhece esse
acordo. A empresa não comentou o assunto.
Em meio a essa discussão,
que também pode ir à Justiça, Nilmar treina no Parque
São Jorge. Mas não estará
em campo amanhã, contra o
São Bento, pelo Paulista.
Ontem, o técnico Emerson
Leão demonstrou irritação
com a situação e deu um ultimato ao atacante. "Uma hora
é a Fifa, outra hora é financeiro. Toda hora tem um
problema. Então, que ele resolva, e resolva bem. Se parar
a terceira vez, pára de vez",
disse o treinador corintiano.
Ele reclama do fato de, por
conta dos atritos entre o clube e o estafe do jogador, Nilmar ter interrompido duas
vezes sua recuperação física.
A situação iniciou uma
guerra entre Leão e o procurador do atleta, Orlando Da
Hora, que até comparou o
técnico a Adolf Hitler.
A diretoria do clube está
incomodada com a briga e
viu na frase de Leão uma
ameaça na linha: ou o empresário pára de provocá-lo
ou Nilmar não joga.
Cartolas do clube chegaram a dizer que marcaram
encontro para tentar aproximá-los em um restaurante
da capital. Por essa versão,
Leão teria sido irônico ao
classificar Da Hora como o
maior empresário do Brasil.
Leão negou o encontro e
apimentou: "Poderia me internar se tivesse dito isso."
O clube sofreu outra derrota ontem. A oposição obteve liminar que ordena a posse dos cem conselheiros eleitos no pleito da semana passada.0
(EAR E RP)
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