São Paulo, domingo, 20 de janeiro de 2008

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Palmeiras já sonha com sucessor de Vágner Love

Com gols, Alex Mineiro põe a camisa 9 da equipe em evidência novamente

Desde atacante que foi para a Rússia e brilha na seleção, time se ressente da falta de um goleador no posto tradicional dos artilheiros

DA REPORTAGEM LOCAL

Um camisa 9 como há tempos o Palmeiras não via. Seria cedo demais para falar isso sobre Alex Mineiro? Para os torcedores e a diretoria do clube, não. Hoje, contra o Santos, a expectativa em torno do jogador é enorme, principalmente depois de sua estréia goleadora.
Na quinta-feira, o jogo diante do Sertãozinho corria morno até os 2min da etapa final. Em cruzamento de Leandro, pela esquerda, o novo centroavante palmeirense testou com precisão no canto direito do goleiro Lauro e abriu o placar.
Mais tarde, nova cabeçada, no ângulo, e uma sensação no estádio de que, finalmente, o clube do Parque Antarctica encontrou o seu matador.
Sentimento que os torcedores não tinham desde 2004, quando Vágner Love foi embora do clube após 49 gols anotados em 66 partidas.
Com o seu nome gritado pelos mais de oito mil pagantes presentes à Arena Barueri, o jogador de 32 anos teve a noção do peso que carregará nas costas durante a temporada: ser o artilheiro que, em 2007, o time de Caio Júnior não teve.
"Foi muito legal fazer dois gols logo de cara, diante da torcida, que foi muito importante. Estou feliz de ter iniciado assim, mas quero dividir os méritos com o grupo", disse ele.
Por ironia, o destaque da equipe de Vanderlei Luxemburgo foi uma recomendação de seu antecessor. Caio Júnior o indicou antes de ser mandado embora, logo após o Nacional.
No ano passado, o maior sinal de que o Palmeiras carecia de um artilheiro foi que, entre tantos atacantes no elenco, o posto de goleador da equipe no Nacional foi de um meia, Caio, com nove tentos. Edmundo, Luiz Henrique, Osmar (lesionado), Max, Luís: ninguém foi soberano na posição.
Com 1,75 m de altura e 75 kg, o camisa 9 do Palmeiras já não tem mais a velocidade de antes. Em compensação, faz o pivô para quem chega de trás -na atual formação de Luxemburgo, Valdivia, Makelele e Luiz Henrique. Transformou-se no homem de referência do ataque, por onde passam quase todas as jogadas da equipe.
Segundo o Datafolha, Alex Mineiro deu 35 passes no duelo frente ao Sertãozinho. Errou apenas quatro deles. Nas finalizações, foram quatro tentativas e dois gols anotados.
Diante da concorrência -o clube trouxe Jorge Preá, Lenny e ainda tenta Éder Luís, do Atlético-MG, para a posição-, Alex não se assusta. Costuma dizer que, quanto mais gente de qualidade no grupo, melhor. E já pensa em acabar o Estadual como artilheiro máximo.
"Todo atacante sonha com isso. Vou tentar fazer o maior número de gols possíveis para chegar a esse objetivo pessoal."
Hoje, será adversário de um velho conhecido, Kléber Pereira, com quem jogou no Sul.
A dúvida para o confronto é se Luxemburgo começará com os mesmos 11 que jogaram no meio da semana ou se testará a equipe mais ofensiva.
Em uma espécie de 4-3-1-2, Alex é a peça central da frente. Contra o Sertãozinho, Luiz Henrique foi seu companheiro de setor, e Valdivia atuou mais recuado. No segundo tempo, porém, quando o time foi mais efetivo, William entrou no lugar do volante Makelele e completou o trio ofensivo.
"Técnico está ali para fazer as mudanças necessárias. Às vezes acerta, às vezes erra", disse Luxemburgo após o jogo.
Na defesa, os quatro -Élder Granja, Dininho, Gustavo e Leandro- serão mantidos. A preocupação do treinador palmeirense é com o posicionamento do setor nas bolas içadas na área palmeirense. O gol de Marcos Denner, do Sertãozinho, saiu após uma falha de marcação. (RC e TA)


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