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Palmeiras já sonha com sucessor de Vágner Love
Com gols, Alex Mineiro põe a camisa 9 da equipe em evidência novamente
Desde atacante que foi para a Rússia e brilha na seleção, time se ressente da falta
de um goleador no posto tradicional dos artilheiros
DA REPORTAGEM LOCAL
Um camisa 9 como há tempos o Palmeiras não via. Seria
cedo demais para falar isso sobre Alex Mineiro? Para os torcedores e a diretoria do clube,
não. Hoje, contra o Santos, a expectativa em torno do jogador é
enorme, principalmente depois de sua estréia goleadora.
Na quinta-feira, o jogo diante
do Sertãozinho corria morno
até os 2min da etapa final. Em
cruzamento de Leandro, pela
esquerda, o novo centroavante
palmeirense testou com precisão no canto direito do goleiro
Lauro e abriu o placar.
Mais tarde, nova cabeçada,
no ângulo, e uma sensação no
estádio de que, finalmente, o
clube do Parque Antarctica encontrou o seu matador.
Sentimento que os torcedores não tinham desde 2004,
quando Vágner Love foi embora do clube após 49 gols anotados em 66 partidas.
Com o seu nome gritado pelos mais de oito mil pagantes
presentes à Arena Barueri, o jogador de 32 anos teve a noção
do peso que carregará nas costas durante a temporada: ser o
artilheiro que, em 2007, o time
de Caio Júnior não teve.
"Foi muito legal fazer dois
gols logo de cara, diante da torcida, que foi muito importante.
Estou feliz de ter iniciado assim, mas quero dividir os méritos com o grupo", disse ele.
Por ironia, o destaque da
equipe de Vanderlei Luxemburgo foi uma recomendação
de seu antecessor. Caio Júnior
o indicou antes de ser mandado
embora, logo após o Nacional.
No ano passado, o maior sinal de que o Palmeiras carecia
de um artilheiro foi que, entre
tantos atacantes no elenco, o
posto de goleador da equipe no
Nacional foi de um meia, Caio,
com nove tentos. Edmundo,
Luiz Henrique, Osmar (lesionado), Max, Luís: ninguém foi
soberano na posição.
Com 1,75 m de altura e 75 kg,
o camisa 9 do Palmeiras já não
tem mais a velocidade de antes.
Em compensação, faz o pivô
para quem chega de trás -na
atual formação de Luxemburgo, Valdivia, Makelele e Luiz
Henrique. Transformou-se no
homem de referência do ataque, por onde passam quase todas as jogadas da equipe.
Segundo o Datafolha, Alex
Mineiro deu 35 passes no duelo
frente ao Sertãozinho. Errou
apenas quatro deles. Nas finalizações, foram quatro tentativas
e dois gols anotados.
Diante da concorrência -o
clube trouxe Jorge Preá, Lenny
e ainda tenta Éder Luís, do
Atlético-MG, para a posição-,
Alex não se assusta. Costuma
dizer que, quanto mais gente de
qualidade no grupo, melhor. E
já pensa em acabar o Estadual
como artilheiro máximo.
"Todo atacante sonha com
isso. Vou tentar fazer o maior
número de gols possíveis para
chegar a esse objetivo pessoal."
Hoje, será adversário de um
velho conhecido, Kléber Pereira, com quem jogou no Sul.
A dúvida para o confronto é
se Luxemburgo começará com
os mesmos 11 que jogaram no
meio da semana ou se testará a
equipe mais ofensiva.
Em uma espécie de 4-3-1-2,
Alex é a peça central da frente.
Contra o Sertãozinho, Luiz
Henrique foi seu companheiro
de setor, e Valdivia atuou mais
recuado. No segundo tempo,
porém, quando o time foi mais
efetivo, William entrou no lugar do volante Makelele e completou o trio ofensivo.
"Técnico está ali para fazer as
mudanças necessárias. Às vezes acerta, às vezes erra", disse
Luxemburgo após o jogo.
Na defesa, os quatro -Élder
Granja, Dininho, Gustavo e
Leandro- serão mantidos. A
preocupação do treinador palmeirense é com o posicionamento do setor nas bolas içadas
na área palmeirense. O gol de
Marcos Denner, do Sertãozinho, saiu após uma falha de
marcação.
(RC e TA)
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