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FUTEBOL
Sem Gil, Geninho escala três volantes, time joga feio, bate o Fénix e obtém sua segunda vitória na Taça Libertadores
Fechado, Corinthians vence no Uruguai
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o técnico do Corinthians, Geninho, tivesse conhecimento do
Fénix, adversário de ontem à noite do Corinthians pela Libertadores, provavelmente não teria colocado três volantes em campo para
enfrentar o modesto time uruguaio. Aliás, a cautela do treinador até dificultou a vitória corintiana sobre o rival por 2 a 1.
Mesmo assim, sem apresentar
um bom futebol, a equipe paulista
chegou à liderança do Grupo 8 da
competição continental, com seis
pontos em duas partidas.
Foi a quarta vitória corintiana
fora de casa, neste ano, em quatro
partidas disputadas -três pelo
Paulista e uma pela Libertadores.
O time do Parque São Jorge volta a atuar pelo torneio internacional em 11 de março, contra o The
Strongest (BOL), lanterna da chave ao lado do Fénix, em São Paulo.
Sem seu principal atacante, Gil,
que não atuou ontem por causa
de uma lesão na coxa, Geninho se
convenceu de que deveria fechar
o time. Aliado ao desfalque, o treinador também admitiu que não
conhecia o adversário uruguaio.
Antes da partida, ele não disfarçava como o time atuaria: "Geralmente, os times que se dão bem
na Libertadores se trancam atrás e
fazem uma forte marcação".
Foi assim mesmo. Os três volantes, Fabrício, Vampeta e Fabinho,
trancaram o Corinthians.
O bloqueio, acompanhado de
faltas (foram 15 contra seis do rival no primeiro tempo), foi pago
com a falta de criatividade: o time
abusou dos passes errados (aproveitamento de 77%) e finalizou só
três vezes, segundo o Datafolha.
A sorte é que os ataques foram
certeiros. Em dois deles, os corintianos acertaram o alvo.
Aos 15min, após boa trama do
ataque, Liedson, de fora da área,
chutou forte, mas Caro espalmou
e jogou para escanteio.
Na sequência do lance, a bola foi
alçada na área, Cubelo furou ao
tentar tirá-la, e Fábio Luciano, como um atacante, girou e chutou
no canto para fazer 1 a 0.
Era isso o que bastava ao time
de Geninho. O gol enervou o jovem e inexperiente time uruguaio
e encorajou o até então amendrontado Corinthians.
Os brasileiros, porém, se empolgaram demais. Afrouxaram a
marcação. O rival, foi para cima,
desordenadamente, é verdade.
Mas bastou uma troca de passes, na frente dos zagueiros corintianos, e um chute para Cámpora
empatar e fazer o primeiro gol da
equipe uruguaia em sua primeira
participação na Libertadores.
Foi um alerta. O Corinthians entendeu. Voltou a marcar forte o
adversário e a tocar a bola, mas tinha muita dificuldade para chegar ao gol. Na única vez que isso
aconteceu, em um contra-ataque,
Jorge Wagner invadiu a área e disparou com violência. A bola tocou no travessão antes de entrar.
Na etapa final, Geninho manteve a receita: retranca, faltas, passes
errados, pouca inspiração e algumas investidas ao ataque.
Mas não foi fácil segurar o resultado. Os uruguaios, dentro de
suas limitações técnicas, proporcionaram momentos de perigo à
protegida defesa corintiana.
A pressão do time da casa se estendeu até o final do jogo, inclusive provocando a expulsão, aos
38min, de Fumagali, que havia
entrado no lugar de Liedson, após
entrada violenta em um rival.
O Corinthians volta a campo
domingo, quando decidirá contra
o União São João, no Pacaembu,
sua classificação para os mata-matas do Paulista.
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