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São Paulo, quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003

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FUTEBOL

Sem Gil, Geninho escala três volantes, time joga feio, bate o Fénix e obtém sua segunda vitória na Taça Libertadores

Fechado, Corinthians vence no Uruguai

DA REPORTAGEM LOCAL

Se o técnico do Corinthians, Geninho, tivesse conhecimento do Fénix, adversário de ontem à noite do Corinthians pela Libertadores, provavelmente não teria colocado três volantes em campo para enfrentar o modesto time uruguaio. Aliás, a cautela do treinador até dificultou a vitória corintiana sobre o rival por 2 a 1.
Mesmo assim, sem apresentar um bom futebol, a equipe paulista chegou à liderança do Grupo 8 da competição continental, com seis pontos em duas partidas.
Foi a quarta vitória corintiana fora de casa, neste ano, em quatro partidas disputadas -três pelo Paulista e uma pela Libertadores.
O time do Parque São Jorge volta a atuar pelo torneio internacional em 11 de março, contra o The Strongest (BOL), lanterna da chave ao lado do Fénix, em São Paulo.
Sem seu principal atacante, Gil, que não atuou ontem por causa de uma lesão na coxa, Geninho se convenceu de que deveria fechar o time. Aliado ao desfalque, o treinador também admitiu que não conhecia o adversário uruguaio.
Antes da partida, ele não disfarçava como o time atuaria: "Geralmente, os times que se dão bem na Libertadores se trancam atrás e fazem uma forte marcação".
Foi assim mesmo. Os três volantes, Fabrício, Vampeta e Fabinho, trancaram o Corinthians.
O bloqueio, acompanhado de faltas (foram 15 contra seis do rival no primeiro tempo), foi pago com a falta de criatividade: o time abusou dos passes errados (aproveitamento de 77%) e finalizou só três vezes, segundo o Datafolha.
A sorte é que os ataques foram certeiros. Em dois deles, os corintianos acertaram o alvo.
Aos 15min, após boa trama do ataque, Liedson, de fora da área, chutou forte, mas Caro espalmou e jogou para escanteio.
Na sequência do lance, a bola foi alçada na área, Cubelo furou ao tentar tirá-la, e Fábio Luciano, como um atacante, girou e chutou no canto para fazer 1 a 0.
Era isso o que bastava ao time de Geninho. O gol enervou o jovem e inexperiente time uruguaio e encorajou o até então amendrontado Corinthians.
Os brasileiros, porém, se empolgaram demais. Afrouxaram a marcação. O rival, foi para cima, desordenadamente, é verdade.
Mas bastou uma troca de passes, na frente dos zagueiros corintianos, e um chute para Cámpora empatar e fazer o primeiro gol da equipe uruguaia em sua primeira participação na Libertadores.
Foi um alerta. O Corinthians entendeu. Voltou a marcar forte o adversário e a tocar a bola, mas tinha muita dificuldade para chegar ao gol. Na única vez que isso aconteceu, em um contra-ataque, Jorge Wagner invadiu a área e disparou com violência. A bola tocou no travessão antes de entrar.
Na etapa final, Geninho manteve a receita: retranca, faltas, passes errados, pouca inspiração e algumas investidas ao ataque.
Mas não foi fácil segurar o resultado. Os uruguaios, dentro de suas limitações técnicas, proporcionaram momentos de perigo à protegida defesa corintiana.
A pressão do time da casa se estendeu até o final do jogo, inclusive provocando a expulsão, aos 38min, de Fumagali, que havia entrado no lugar de Liedson, após entrada violenta em um rival.
O Corinthians volta a campo domingo, quando decidirá contra o União São João, no Pacaembu, sua classificação para os mata-matas do Paulista.


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