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Herói e vilão do Palmeiras buscam espaço e perdão
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois personagens entram em
campo hoje entre o céu e o inferno. Para o zagueiro Gustavo,
o clássico que define um dos finalistas do Paulista tem cara de
redenção. E isso ele deve graças
ao atacante Lenny, que recolocou o Palmeiras no páreo.
Depois de falhar no segundo
gol de Adriano, semana passada, Gustavo viu o São Paulo dar
um passo importante à decisão.
Aos 20min do segundo tempo, porém, Lenny, 20, entrou
no lugar de Élder Granja e salvou a pele do defensor, pois
12min depois, era tocado por
Alex Silva dentro da área. Pênalti que Alex Mineiro converteu para dar ao time a chance
de ir à final com uma vitória.
"É muito bom quando seu
trabalho é reconhecido. Às vezes entrava bem, ajudava o time, mas não fazia o gol. Dava
um passe. Mas um pênalti é
mais forte, ainda mais num jogo dessa grandeza", diz Lenny.
Um dos caçulas do elenco - o
zagueiro Maurício é seis meses
mais novo- saboreou a fama.
"Fui ao shopping almoçar com
meus avós e vários palmeirenses vieram me agradecer."
No caso de Gustavo, a retribuição pela ajuda virá não só
com a vaga garantida na final.
"Se puder ser com os dois [gol
e anular Adriano], vai ser ideal.
Mas sei a qualidade do São Paulo, e creio que vai ser um jogo
sem qualquer tipo de previsão."
Gustavo segue a linha do nada como um jogo após o outro.
O zagueiro espera a chance de
mudar o enredo da história a
seu favor. "Sempre assumi os
erros. Falaram que eu tremi.
Mas conheço meu potencial e
não acredito que dê tudo errado para a gente de novo."
Num time em que os títulos
rarearam nos últimos tempos,
Gustavo disse não temer a torcida. "Em seis horas, os ingressos se esgotaram. Os torcedores estão confiantes, e precisamos só de uma vitória. É hora
de retribuir essa força da torcida dentro de campo", afirmou.
Na guerra de nervos que ganhou contornos externos na
imprensa com o bate-boca entre o superintendente Marco
Aurélio Cunha e do gerente de
futebol palmeirense Toninho
Cecílio, Gustavo disse que o
grupo está blindado na história.
"O que importa é que jogamos em casa e dependemos de
nossas forças para vencer."
O zagueiro lembrou o confronto na fase de classificação,
quando o Palmeiras goleou por
4 a 1. "Naquele jogo, eu e o Henrique fizemos marcação forte
no Adriano. Como vencemos,
tudo ficou calmo. Vamos redobrar os cuidados na marcação
para buscar a classificação."
Ontem, o Palmeiras fez o seu
último trabalho de campo antes do clássico com portões fechados, contrastando com o rachão da semana passada, realizado sob o barulho da torcida.
Alex Mineiro treinou pênaltis. Léo Lima, Diego Souza e
Denílson também ensaiaram
cobranças de falta. Ao final do
treino, o time foi direto para o
ônibus e ninguém falou.
Luxemburgo não definiu o time, mas Martinez deve mesmo
ser o substituto de Pierre, que
está suspenso.
(RC E TA)
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