São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 2002

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FUTEBOL

Na estréia de Oswaldo de Oliveira, equipe do Morumbi só marcou após os 40min do 2º tempo no Superpaulista

No final, São Paulo derrota o Palmeiras

EDUARDO ARRUDA
MICHELE OLIVEIRA

RICARDO PERRONE DA REPORTAGEM LOCAL Num jogo que só teve emoção em seu final, o São Paulo derrotou o Palmeiras por 2 a 0, ontem, em São Caetano do Sul, na estréia do técnico Oswaldo de Oliveira.
Com dois gols marcados depois dos 40min da etapa final, os são-paulinos estrearam com vitória no Supercampeonato Paulista.
Graças ao resultado de ontem, o time de Oliveira se classificará para a final mesmo se perder a próxima partida, quarta-feira, por um gol de diferença. Os palmeirenses precisam ganhar por uma vantagem de três gols. Se vencerem pela mesma diferença conseguida pelo rival ontem, a vaga será definida nos pênaltis.
Oliveira estreou sem nenhum reforço na equipe, e ainda teve os desfalques de Rogério, Belletti e Kaká, todos na seleção, além de França e Gabriel, contundidos.
No Palmeiras, Wanderley Luxemburgo testou pela primeira vez a equipe após iniciar uma reformulação no elenco. Ele dispensou Galeano, Fernando, Claudecir, Adalto e Daniel. A equipe se reforçou apenas com jogadores do Palmeiras B.
A mudança no elenco palmeirense e a troca da comissão técnica são-paulina foram motivadas pelos fracassos das duas equipes no Rio-SP e na Copa do Brasil.
Na competição regional, o Palmeiras foi eliminado pelo mesmo rival de ontem, nas semifinais, por ter recebido mais cartões amarelos naquela fase. No torneio nacional, foi desclassificado na primeira fase, pelo ASA-AL.
O São Paulo, então comandado por Nelsinho Baptista, foi vice do Rio-SP e caiu nas semifinais da Copa do Brasil. Nas duas vezes foi superado pelo Corinthians.
Palmeiras e São Paulo pareciam iniciar ontem a temporada, demonstrando sentir de maneira exagerada os efeitos das mudanças de jogadores e, no caso são-paulino, de treinador.
No primeiro tempo, foram frequentes os erros comuns em equipes desentrosadas, como passes errados em excesso e falhas de posicionamento.
Com as ausências de Kaká e França, o São Paulo não conseguiu fazer as tabelas, que chegaram a ser marcas registradas da equipe no início do ano.
Com uma marcação melhor no primeiro tempo, o Palmeiras chegava com mais rapidez ao gol adversário, ajudado também pelos erros dos defensores rivais.
Aos 25min, Oliveira foi obrigado a mudar a sua zaga. Reginaldo, com tontura, foi substituído por Emerson, jogador mais criticado do setor pela diretoria, que já decidiu devolvê-lo à Lusa, após o Supercampeonato Paulista.
Mas os palmeirenses não conseguiram aproveitar as chances que tiveram para marcar por causa das falhas nas finalizações.
A entrada de Itamar no lugar de Christian não melhorou o desempenho do Palmeiras no segundo tempo. Além dessa alteração, a equipe voltou do intervalo com Juninho na vaga de Magrão.
Apesar de Oliveira ter iniciado a etapa final sem fazer mudanças em sua equipe, o São Paulo conseguiu atuar melhor em relação aos 45 minutos iniciais.
Os são-paulinos erraram menos nas trocas de passes e conseguiram atacar com mais facilidade. Porém, os atacantes custaram a entrar na área adversária com a bola dominada.
Os erros nas conclusões impediram que Dill acabasse com o seu jejum de gols. Desde que chegou ao time, em outubro de 2001, ele ainda não conseguiu marcar.
Nos últimos 15 minutos, o São Paulo passou a atacar com mais objetividade e não chegou ao gol antes por causa das defesas de Sérgio, substituto de Marcos, que está na seleção brasileira.
O time de Oliveira abriu o placar aos 41min, quando Reinaldo aproveitou um rebote e marcou.
O gol acordou os palmeirenses, que criaram chances, estiveram perto do empate, mas cederam os contra-ataques. Num deles, aos 48min, Fábio Simplício ampliou a vantagem são-paulina.



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