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FUTEBOL
Na estréia de Oswaldo de Oliveira, equipe do Morumbi só marcou após os 40min do 2º tempo no Superpaulista
No final, São Paulo derrota o Palmeiras
EDUARDO ARRUDA
MICHELE OLIVEIRA
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Num jogo que só teve emoção
em seu final, o São Paulo derrotou
o Palmeiras por 2 a 0, ontem, em
São Caetano do Sul, na estréia do
técnico Oswaldo de Oliveira.
Com dois gols marcados depois
dos 40min da etapa final, os são-paulinos estrearam com vitória
no Supercampeonato Paulista.
Graças ao resultado de ontem, o
time de Oliveira se classificará para a final mesmo se perder a próxima partida, quarta-feira, por
um gol de diferença. Os palmeirenses precisam ganhar por uma
vantagem de três gols. Se vencerem pela mesma diferença conseguida pelo rival ontem, a vaga será
definida nos pênaltis.
Oliveira estreou sem nenhum
reforço na equipe, e ainda teve os
desfalques de Rogério, Belletti e
Kaká, todos na seleção, além de
França e Gabriel, contundidos.
No Palmeiras, Wanderley Luxemburgo testou pela primeira
vez a equipe após iniciar uma reformulação no elenco. Ele dispensou Galeano, Fernando, Claudecir, Adalto e Daniel. A equipe se
reforçou apenas com jogadores
do Palmeiras B.
A mudança no elenco palmeirense e a troca da comissão técnica são-paulina foram motivadas
pelos fracassos das duas equipes
no Rio-SP e na Copa do Brasil.
Na competição regional, o Palmeiras foi eliminado pelo mesmo
rival de ontem, nas semifinais,
por ter recebido mais cartões
amarelos naquela fase. No torneio
nacional, foi desclassificado na
primeira fase, pelo ASA-AL.
O São Paulo, então comandado
por Nelsinho Baptista, foi vice do
Rio-SP e caiu nas semifinais da
Copa do Brasil. Nas duas vezes foi
superado pelo Corinthians.
Palmeiras e São Paulo pareciam
iniciar ontem a temporada, demonstrando sentir de maneira
exagerada os efeitos das mudanças de jogadores e, no caso são-paulino, de treinador.
No primeiro tempo, foram frequentes os erros comuns em
equipes desentrosadas, como
passes errados em excesso e falhas
de posicionamento.
Com as ausências de Kaká e
França, o São Paulo não conseguiu fazer as tabelas, que chegaram a ser marcas registradas da
equipe no início do ano.
Com uma marcação melhor no
primeiro tempo, o Palmeiras chegava com mais rapidez ao gol adversário, ajudado também pelos
erros dos defensores rivais.
Aos 25min, Oliveira foi obrigado a mudar a sua zaga. Reginaldo,
com tontura, foi substituído por
Emerson, jogador mais criticado
do setor pela diretoria, que já decidiu devolvê-lo à Lusa, após o Supercampeonato Paulista.
Mas os palmeirenses não conseguiram aproveitar as chances que
tiveram para marcar por causa
das falhas nas finalizações.
A entrada de Itamar no lugar de
Christian não melhorou o desempenho do Palmeiras no segundo
tempo. Além dessa alteração, a
equipe voltou do intervalo com
Juninho na vaga de Magrão.
Apesar de Oliveira ter iniciado a
etapa final sem fazer mudanças
em sua equipe, o São Paulo conseguiu atuar melhor em relação aos
45 minutos iniciais.
Os são-paulinos erraram menos
nas trocas de passes e conseguiram atacar com mais facilidade.
Porém, os atacantes custaram a
entrar na área adversária com a
bola dominada.
Os erros nas conclusões impediram que Dill acabasse com o seu
jejum de gols. Desde que chegou
ao time, em outubro de 2001, ele
ainda não conseguiu marcar.
Nos últimos 15 minutos, o São
Paulo passou a atacar com mais
objetividade e não chegou ao gol
antes por causa das defesas de
Sérgio, substituto de Marcos, que
está na seleção brasileira.
O time de Oliveira abriu o placar
aos 41min, quando Reinaldo
aproveitou um rebote e marcou.
O gol acordou os palmeirenses,
que criaram chances, estiveram
perto do empate, mas cederam os
contra-ataques. Num deles, aos
48min, Fábio Simplício ampliou a
vantagem são-paulina.
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