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BASQUETE
Hexagonal final tem festival de faltas técnicas em jogos de Rio e Ulbra
"Rebeldes" põem árbitros
do Nacional sob suspeita
DA REPORTAGEM LOCAL
Os acontecimentos dos últimos
dois dias põem em xeque as arbitragens do hexagonal semifinal
do Nacional masculino. A chave
na qual os seis clubes se enfrentam definirá amanhã os finalistas
do torneio. Participam da disputa
Franca, Ribeirão Preto, Rio Claro,
Brasília, Rio de Janeiro e Ulbra. Os
jogos acontecem em Franca.
Dirigentes e elencos de Rio de
Janeiro e Ulbra, que entraram na
disputa graças a uma liminar da
Justiça, reclamam de favorecimento a seus rivais na edição mais
bagunçada em toda a história do
Nacional, iniciado em 1990.
Com a arbitragem de José Augusto Piovezan e Joaquins Feitosa, o Rio de Janeiro perdeu para o
Rio Claro, anteontem, por 90 a 80.
No jogo, foram apitadas cinco
faltas técnicas contra o time carioca. O ala Vanderlei, que vinha
sendo um dos cestinhas do Rio,
foi expulso no segundo quarto.
"Na hora em que o Piovezan
apitou a falta, disse que o adversário tinha me empurrado antes. No
meu modo de ver, não desrespeitei ninguém. Isso nunca aconteceu na minha carreira", afirmou o
experiente jogador, de 33 anos,
que atuou pela seleção até 2002.
Como punição, Vanderlei não
pôde atuar ontem pelo hexagonal
semifinal, contra o Ribeirão.
Na partida, o time do Rio voltou
a lamentar a atuação dos juízes,
dessa vez da dupla Cristiano Maranho e Francisco Ferreira. A
equipe levou sete faltas técnicas e
teve dois atletas expulsos, o ala
Dedé e o pivô Everaldo. O técnico
Zé Boquinha também teve que
deixar o duelo por reclamação.
Sem os dois na quadra e o técnico
no banco, a equipe não ofereceu
resistência e perdeu por 106 a 92.
O clube de Ribeirão Preto, por
sua vez, levou uma falta técnica,
totalizando oito no confronto.
Para o técnico Lula, do Ribeirão
Preto, a arbitragem foi normal.
"O jogo tem regras. Ofender o árbitro é falta técnica. Pelo que eles
fizeram, foi pouco", afirma ele.
Questionada sobre quando o
Nacional teve tantas faltas técnicas em apenas uma partida, a
Confederação Brasileira de Basquete não soube informar, pois tal
item não consta nas estatísticas.
Hoje, o Rio de Janeiro pega o
Franca sem os atletas expulsos.
"Nem sei o que pensar disso tudo. Nunca vi nada parecido. Perdi
as esperanças com a arbitragem",
lamentou Zé Boquinha, ainda antes da partida contra o Ribeirão.
O outro "intruso" do Nacional
também se queixa dos juízes. Anteontem, contra o Ribeirão Preto,
a Ulbra levou uma falta técnica
quando Enrique Barrera, supervisor do clube, deixou o banco de
reservas sem autorização.
"Estava revoltado com a arbitragem [de Francisco Lima e Cristiano Maranho] e resolvi sair para
não me envolver em confusão",
conta Barrera, que afirma que sua
equipe está sendo perseguida.
"Não sei qual é a razão disso. A
Ulbra entrou no Nacional beneficiada por liminar da Justiça por
ser campeã gaúcha. Mas nós nem
entramos nessa ação", argumenta
ele, cujo time também disputa a
Nossa Liga, competição rival do
Nacional, criada no ano passado.
"Isso só nos leva a concluir que é
melhor jogar a Nossa Liga."
A Ulbra acabou sendo derrotada pelo Ribeirão Preto por 89 a 88,
após prorrogação. Ontem, a equipe perdeu novamente, desta vez
para o Brasília, por 95 a 84. Enfrenta hoje o Rio Claro, mas já está
fora da luta por uma vaga na final.
Procurado para comentar as
atuações dos juízes, o coordenador de arbitragem da CBB, Geraldo Miguel Fontana, afirmou que
não poderia falar naquele momento por estar assistindo ao jogo Rio de Janeiro x Ribeirão Preto. Após a partida, não atendeu
mais as ligações em seu celular.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)
NA TV - Brasília x Ribeirão
Preto, Sportv, ao vivo, a partir
das 13h30
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