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Encostado, meia Roger não joga, mas torce por irmã saltadora no Pan
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Fora das provas de natação, o Rio terá representantes nos saltos ornamentais
no Pan. Duas atletas cariocas
são favoritas no trampolim
de 3 m sincronizado.
A adolescente Tammy Galera, 16, formará dupla com
Juliana Veloso na prova. Juliana é a principal atleta brasileira da categoria. No último Pan, em 2003, ganhou
prata na plataforma e bronze
no trampolim de 3 m.
""Queremos fazer bonito
na nossa terra. Poder competir junto de todos os conhecidos sempre dá um gostinho especial", afirmou a
saltadora, que é irmã do
meia Roger, que está encostado no Corinthians.
Atleta do Fluminense, clube que revelou também o seu
irmão, Tammy começou há
cerca de quatro anos no esporte e é apontada como revelação. No Troféu Brasil,
competição que definiu a
equipe brasileira, ela venceu
o trampolim de 3 m. Foi sua
primeira conquista em campeonatos adultos.
Tammy conseguiu o primeiro patrocínio com a ajuda do irmão famoso. E conta
com ajuda financeira da
mesma empresa que banca o
futebol do Fluminense.
""Quando o Roger jogava lá,
ele recebia por esta empresa.
Ao deixar o clube, pediu ao
presidente do patrocinador
uma ajuda para a sua irmã e
levou", disse Guese Galera,
mãe de Tammy. Com o dinheiro, a atleta banca os custos ""da rotina de treinos". O
valor não foi divulgado.
""Temos que treinar muito
para ter um resultado expressivo, mas dedicação não
vai faltar. Fora isso, vou formar dupla com o meu ídolo,
que é a Juliana", falou a saltadora, que será uma das
mais jovens da delegação nacional no Pan, que começa
no dia 13 de julho.
Recordista carioca no nado borboleta, quando nadava, Tammy preferiu as provas de saltos ornamentais
""por causa da aventura".
""Os treinos têm muito
mais emoção. Fazer essas piruetas é sempre legal", declarou ela, que tem uma série
de marcas nos calcanhares
provocadas por choques no
trampolim nos treinos.
A saltadora credita o seu
sucesso no esporte à força da
família. ""Não acredito em
genética, mas na dedicação
dos meus pais, que sempre
me apoiaram e gostam de esporte. Minha mãe dava aulas
de natação para crianças e
sempre nos incentivou", disse Tammy, que tem outra irmã que se destacou no esporte, mas parou em 1997.
Revelação da ginástica artística, Úrsula Flores se envolveu em um acidente na
via Dutra, quando o ônibus
que viajava com parte da delegação do Flamengo bateu
numa carreta. Ela ficou em
coma, devido a um traumatismo craniano, mas se recuperou. Mesmo assim, nunca
mais conseguiu competir.
A técnica Georgette Vidor
foi uma das feridas. Ficou
paraplégica. Daniele Hypólito se machucou apenas no pé
e continuou a carreira.
""Apesar da proximidade
[do início do Pan], não estou
tensa. Lógico que quero
aproveitar o apartamento da
Vila, dizem que é bonito, mas
temos que evoluir muito no
sincronismo da dupla antes
de pensar no clima da competição", disse Tammy. Antes do Pan, a dupla estréia no
exterior. Em junho, elas
competem na Europa.
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