São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007

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Encostado, meia Roger não joga, mas torce por irmã saltadora no Pan

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Fora das provas de natação, o Rio terá representantes nos saltos ornamentais no Pan. Duas atletas cariocas são favoritas no trampolim de 3 m sincronizado.
A adolescente Tammy Galera, 16, formará dupla com Juliana Veloso na prova. Juliana é a principal atleta brasileira da categoria. No último Pan, em 2003, ganhou prata na plataforma e bronze no trampolim de 3 m.
""Queremos fazer bonito na nossa terra. Poder competir junto de todos os conhecidos sempre dá um gostinho especial", afirmou a saltadora, que é irmã do meia Roger, que está encostado no Corinthians.
Atleta do Fluminense, clube que revelou também o seu irmão, Tammy começou há cerca de quatro anos no esporte e é apontada como revelação. No Troféu Brasil, competição que definiu a equipe brasileira, ela venceu o trampolim de 3 m. Foi sua primeira conquista em campeonatos adultos.
Tammy conseguiu o primeiro patrocínio com a ajuda do irmão famoso. E conta com ajuda financeira da mesma empresa que banca o futebol do Fluminense.
""Quando o Roger jogava lá, ele recebia por esta empresa. Ao deixar o clube, pediu ao presidente do patrocinador uma ajuda para a sua irmã e levou", disse Guese Galera, mãe de Tammy. Com o dinheiro, a atleta banca os custos ""da rotina de treinos". O valor não foi divulgado.
""Temos que treinar muito para ter um resultado expressivo, mas dedicação não vai faltar. Fora isso, vou formar dupla com o meu ídolo, que é a Juliana", falou a saltadora, que será uma das mais jovens da delegação nacional no Pan, que começa no dia 13 de julho.
Recordista carioca no nado borboleta, quando nadava, Tammy preferiu as provas de saltos ornamentais ""por causa da aventura".
""Os treinos têm muito mais emoção. Fazer essas piruetas é sempre legal", declarou ela, que tem uma série de marcas nos calcanhares provocadas por choques no trampolim nos treinos.
A saltadora credita o seu sucesso no esporte à força da família. ""Não acredito em genética, mas na dedicação dos meus pais, que sempre me apoiaram e gostam de esporte. Minha mãe dava aulas de natação para crianças e sempre nos incentivou", disse Tammy, que tem outra irmã que se destacou no esporte, mas parou em 1997.
Revelação da ginástica artística, Úrsula Flores se envolveu em um acidente na via Dutra, quando o ônibus que viajava com parte da delegação do Flamengo bateu numa carreta. Ela ficou em coma, devido a um traumatismo craniano, mas se recuperou. Mesmo assim, nunca mais conseguiu competir.
A técnica Georgette Vidor foi uma das feridas. Ficou paraplégica. Daniele Hypólito se machucou apenas no pé e continuou a carreira.
""Apesar da proximidade [do início do Pan], não estou tensa. Lógico que quero aproveitar o apartamento da Vila, dizem que é bonito, mas temos que evoluir muito no sincronismo da dupla antes de pensar no clima da competição", disse Tammy. Antes do Pan, a dupla estréia no exterior. Em junho, elas competem na Europa.


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