São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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TÊNIS

Preliminares


Agassi fez mea-culpa e louvou Nadal, mas Djokovic mostrou que pode vencê-lo; Federer voltou a ser grande


RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

N O SÁBADO , Andre Agassi fez um mea-culpa em Londres. Após jogo-exibição que marcou a estreia do teto retrátil de Wimbledon, o norte-americano confidenciou que, há não muito tempo, chegou a subestimar Rafael Nadal.
"Quando ele ganhou Roland Garros pela primeira vez, veio até aqui e disse que, apesar de ter sido fantástico ganhar o Aberto da França, seu sonho era ganhar Wimbledon. As pessoas riram, e eu fui uma delas", contou. "Se ganhar Paris, como já fez, e chegar a Londres com confiança, acho que veremos em Nova York uma chance real do que parecia impossível [fechar o Grand Slam]." Ainda no sábado, Novak Djokovic assustava Nadal numa semifinal do Masters 1.000 de Madri. Djokovic, o "engraçadinho", jogou sério como nunca e conseguiu, a cada bola, mostrar clara evolução no saibro.
Contra um rival duro de roer (que lhe vencera em nove finais ou semifinais), diante da torcida adversária, em alta tensão, Djokovic não baixou a guarda, a intensidade, nem o nível nenhuma vez. Mesmo cansado, provou estar hoje, inspirado, à altura de um desafio sério contra o número um do mundo e rei do saibro.
No 7-7, errou, piscou, abriu os braços e pediu ajuda divina. Sem essa ajuda, cedeu, mais uma vez, os pontos decisivos para Nadal. Mas deixou o recado: quando o vento virar, e pode ser em Paris, Djoko tem chance, sim, de bater Nadal no saibro. E seria isso o pré-Roland Garros, não fosse o domingo.
Roger Federer, o mais desacreditado campeão do ano, entrou em quadra sob incrível desconfiança. O jejum e a vergonha pareciam não ter fim. Mas ele deu a volta por cima. Não há dúvida de que Nadal sentiu o desgaste das quatro horas de confronto com Djokovic. Como não havia dúvida de que Federer, quem diria?, sentiu a pressão. Mas o suíço não deu bobeira, lembrou como ganhar sem ter complicações e, após muito tempo, levantou um troféu.
Assim, Roland Garros, que tinha tudo para começar com um desfile de Nadal, chega com uma emoção poucas vezes vista: Nadal, Djokovic, Federer, nessa ordem, e os outros.

EM SÃO PAULO
Começa amanhã, às 17h, com Emilio Sanchez (ESP) x Paul Haarhuis (HOL), o Grand Champions, que tem ainda Fernando Meligeni, Sergi Bruguera (ESP), Henri Leconte (FRA), Thomas Enqvist (SUE), Marcelo Ríos (CHI) e Gilad Bloom (ISR). O torneio vai até domingo.

PELO MUNDO
Marcos Daniel levou com louvor o Challenger de Zagreb, na Croácia. Aqui, Marcelo Demoliner venceu o Challenger de Santa Catarina.

PELO BRASIL
O veterano Carlos Oliveira, 32, conquistou o Future de Rio Quente ao vencer Leonardo Kirche, 24.

reandaku@uol.com.br


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