São Paulo, quarta, 20 de maio de 1998

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FUTEBOL
Segurança do Mundial vai servir de modelo para os Jogos Olímpicos
Copa da França inspira a segurança de Sydney-2000

das agências internacionais

Uma equipe de especialistas em segurança olímpica da polícia do Estado de Nova Gales do Sul (Austrália) viajará em junho para a França para estudar o esquema de segurança da Copa do Mundo.
O objetivo é o estudo de estratégias de segurança em eventos de grande porte, para que possa ser estabelecido o melhor plano para utilização nos Jogos Olímpicos de 2000, que serão realizados em Sydney (Austrália).
A informação foi confirmada por um porta-voz do Comando de Segurança Olímpica da Austrália, que entende que a Copa da França será uma grande "escola" para a Olimpíada de 2000, uma vez que ambos atraem grande quantidade de público.
O delegado de polícia Peter Ryan seguirá para a Inglaterra, encabeçando um outro grupo de australianos encarregados de segurança para o aprimoramento em relação à luta britânica contra atos terroristas.
Entre os que viajarão está o superintendente John Hambidge, encarregado da segurança dos estádios olímpicos e da vila onde ficarão hospedados os atletas durante os Jogos.

Esquema francês
O esquema de segurança para a Copa da França contará com o trabalho de 5.000 agentes.
Desses, cerca de 1.700 são cidadãos franceses voluntários, em sua maioria estudantes.
Sem contar os voluntários, o plano prevê a existência de um agente de segurança para cada grupo de cem espectadores.
Pode-se citar como exemplo o Stade de France, local que abrigará a partida inaugural e a decisão da Copa, onde serão utilizados 800 agentes. O estádio tem capacidade para 80.000 espectadores.

Polícia
Nos dias de jogos, 6.000 policiais serão responsáveis pela vigilância dos torcedores nas cidades que abrigarão as partidas.
Em cada jogo, atuarão 600 policiais, sendo que, desses, de 200 a 250 estarão em trajes civis misturados à torcida para detectarem casos isolados.
Policiais de outros países europeus também acompanharão as torcidas das suas respectivas equipes para detectar a presença de torcedores violentos.
Os mais preocupados com esse monitoramento são os policiais ingleses, já que a torcida britânica (os hooligans) tem tradição em protagonizar atos violentos durante partidas de futebol.
A polícia inglesa prevê que 150 torcedores violentos viajarão para a França e que a maioria não contará com ingresso adquirido com antecedência, o que poderá causar tumultos.
O custo total da segurança durante a Copa do Mundo será de US$ 20 milhões.
Desses, US$ 9 milhões serão fornecidos pelo governo francês.



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