São Paulo, quarta, 20 de maio de 1998

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BASQUETE
Polti-COC/Ribeirão tenta reverter vantagem tática que Marathon/Franca impôs nas duas últimas partidas
Batalha estratégica decide o Nacional

LUÍS CURRO
da Reportagem Local

O título do Nacional masculino de basquete será definido hoje após uma "guerra tática" entre os dois finalistas, Polti-COC/Ribeirão Preto e Marathon/Franca.
O jogo acontece às 20h30, em Araras (170 km a noroeste de São Paulo). O playoff decisivo (melhor de cinco) está empatado em 2 a 2.
Os dois últimos jogos foram marcados por mudanças estratégicas fundamentais no resultado. Levou vantagem o técnico Hélio Rubens Garcia, 57, do Marathon.
Nas duas primeiras partidas, a equipe francana ficou limitada em suas variações táticas devido à contusão do ala titular Chuí. Ele não participou da primeira e jogou apenas 14 minutos na segunda, ainda fora de sua melhor forma.
Hélio Rubens foi impedido de formar sua equipe com "quatro abertos" (quatro atletas que não têm características de pivô) na maior parte do tempo, tática que vinha empregando com sucesso.
No confronto no garrafão, o dominicano Vargas, sem ajuda efetiva dos outros pivôs -os apenas esforçados Christopher Knight, dos EUA, e Fábio Pira-, perdeu o duelo para Josuel e Janjão, do Polti-COC e da seleção brasileira.
Assim, em suas vitórias, o time de Ribeirão teve um total de 70 rebotes, contra 46 do de Franca.
No terceiro jogo, com Chuí e um pivô a menos, os francanos não ganharam nos rebotes, mas ficaram mais leves, e assim que recuperavam a bola faziam contra-ataques velozes, impedindo que a defesa adversária se recompusesse.
Quando o técnico Jorge Guerra, 38, o Guerrinha, colocou Zanon, tirando Janjão e igualando a tática de quatro abertos, Vargas passou a levar ampla vantagem sobre Josuel sob a cesta e terminou como cestinha do jogo, com 25 pontos.
Na quarta partida, Guerrinha começou com quatro abertos. No início deu certo, e o Polti-COC abriu vantagem de 13 pontos.
Hélio Rubens, então, colocou Fábio Pira na quadra, e Guerrinha, pouco depois, pôs Janjão. O time de Ribeirão desandou e permitiu a chegada do de Franca. As mudanças posteriores não melhoraram o rendimento do Polti-COC.
Ao ser questionado sobre possíveis decisões táticas erradas, Guerrinha discorda. "Tudo depende muito de cada momento e de nosso jogo encaixar com o deles."
No jogo de hoje, a exemplo do último, o técnico começará com quatro jogadores mais leves e só um pivô, Josuel. "Estivemos muito fechados no ataque. Para saírem jogadas, temos que abrir mais."

NA TV - Polti-COC x Marathon, na Sportv, ao vivo, às 20h30



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