São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 2002

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Torcedores barrados fazem protesto

DOS ENVIADOS A HAMAMATSU

Após ser ovacionada e pressionada pela torcida no jogo contra a Bélgica, fato até então inédito nesta Copa, ontem a seleção voltou a sentir a força da legião de brasileiros que vive no Japão.
Impedidas pela polícia de entrar no centro de treinamento da Honda, em Hamamatsu, cerca de 200 pessoas promoveram um protesto em frente ao local, com direito a choro e cenas de histeria.
A manifestação surtiu algum efeito, ainda que não tenha sido o desejado pelos decasséguis: ao final do treino, sete jogadores da seleção foram à cerca onde a torcida se acotovelava para distribuir autógrafos. Entre eles, somente dois titulares, Juninho e Gilberto Silva -os outros foram Denílson, Edílson, Kaká, Ricardinho e Belletti.
A proibição foi imposta pela Fifa neste Mundial, o mais preocupado com segurança da história.
A CBF alegou que tentou liberar a entrada, mas foi impedida pela polícia japonesa. Até aparecer o ""consolo" oferecido pela seleção, a revolta dominou a torcida.
""Abre o portão", ""doa akeru" (a mesma frase em japonês), ""ô seleção, cadê você, eu vim aqui só pra te ver" e ""racismo" (direcionado à polícia) foram alguns dos gritos entoados pelos torcedores.
""Era minha única chance de ver os jogadores", queixou-se a paulista Marilene Hatori, 33, que disse ter tentado por dois anos, sem sucesso, comprar ingressos para a Copa. ""Eles dão prioridade ao povo daqui. Agora só tem ingresso por US$ 1.500." (FV, FM, JAB E SR)


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