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Torcedores barrados fazem protesto
DOS ENVIADOS A HAMAMATSU
Após ser ovacionada e pressionada pela torcida no jogo contra a
Bélgica, fato até então inédito nesta Copa, ontem a seleção voltou a
sentir a força da legião de brasileiros que vive no Japão.
Impedidas pela polícia de entrar
no centro de treinamento da
Honda, em Hamamatsu, cerca de
200 pessoas promoveram um
protesto em frente ao local, com
direito a choro e cenas de histeria.
A manifestação surtiu algum
efeito, ainda que não tenha sido o
desejado pelos decasséguis: ao final do treino, sete jogadores da seleção foram à cerca onde a torcida
se acotovelava para distribuir autógrafos. Entre eles, somente dois
titulares, Juninho e Gilberto Silva
-os outros foram Denílson, Edílson, Kaká, Ricardinho e Belletti.
A proibição foi imposta pela Fifa neste Mundial, o mais preocupado com segurança da história.
A CBF alegou que tentou liberar
a entrada, mas foi impedida pela
polícia japonesa. Até aparecer o
""consolo" oferecido pela seleção,
a revolta dominou a torcida.
""Abre o portão", ""doa akeru" (a
mesma frase em japonês), ""ô seleção, cadê você, eu vim aqui só pra
te ver" e ""racismo" (direcionado à
polícia) foram alguns dos gritos
entoados pelos torcedores.
""Era minha única chance de ver
os jogadores", queixou-se a paulista Marilene Hatori, 33, que disse ter tentado por dois anos, sem
sucesso, comprar ingressos para a
Copa. ""Eles dão prioridade ao povo daqui. Agora só tem ingresso
por US$ 1.500."
(FV, FM, JAB E SR)
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