DA REDAÇÃO

Encantados com o holandês Guus Hiddink, os coreanos não se cansam de presentear o treinador, considerado por eles o principal responsável pela inédita classificação do país para as quartas-de-final de uma Copa do Mundo.
Ontem, a Korean Air anunciou que o técnico poderá viajar na primeira classe dos aviões da companhia, durante quatro anos, para os países que ele escolher.
Hiddink já havia recebido, na primeira fase da Copa, outro presente: cerveja grátis por toda a vida no bar de um hotel.
O governo do país também planeja homenagear o comandante de sua seleção. Uma das idéias é dar a ele o título de cidadão honorário da Coréia do Sul. Hiddink pode virar nome de rua e ganhar estátuas em locais públicos.
Por enquanto, a vitória sobre a Itália, na prorrogação, já assegurou ao técnico, que recebe US$ 1 milhão por ano, US$ 451 mil, como prêmio dado pela federação coreana pela vaga nas quartas-de-final do Mundial.
Ao todo, a entidade irá pagar US$ 8,2 milhões para jogadores e integrantes da comissão técnica pela classificação.
Enquanto os torcedores ainda comemoram a façanha, Hiddink está preocupado em evitar que o desgaste provocado pela vitória na prorrogação prejudique a equipe. No sábado, a Coréia enfrenta a Espanha na disputa por uma vaga nas semifinais.
"Nas circunstâncias em que aconteceu, sob muita tensão, o jogo com a Itália consumiu muita energia física e mental dos jogadores", afirmou Hiddink.
Ele espera poder contar com o volante Kim Nam-il, que se recupera de uma entorse no tornozelo. O técnico diminuirá a intensidade dos treinos antes do jogo.
"Agora nós temos que descansar um pouco, além de estudar os pontos fortes e fracos da Espanha", disse o treinador.