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FUTEBOL
Técnico do Santos queria disputar a final da Libertadores em casa, mas seu estádio foi vetado; rival será o Boca Juniors
Leão perde alçapão e encara Bombonera
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
Da nada adiantou o técnico
Leão "inchar" a Vila Belmiro em
30 mil lugares: a Conmebol confirmou que a final da Taça Libertadores, contra o Boca Juniors, será no Morumbi, dia 2 de julho.
O time argentino garantiu a vaga na decisão ao golear o América
de Cali, fora de casa, por 4 a 0, ontem à noite. A primeira partida da
final, que repetirá a decisão de
1963, será na quarta que vem, no
La Bombonera, em Buenos Aires.
Pouco após a vitória sobre o Independiente Medellín, que classificou anteontem o time brasileiro
para a final da competição, Leão
afirmou que gostaria de decidir o
título no alçapão santista.
"Afinal de contas, na Vila cabem 50 mil pessoas", disse o técnico, brincando -o regulamento
prevê estádios para mais de 40 mil
pessoas a partir da semifinal.
A exceção foi o confronto de ida
entre Santos e Independiente,
realizado na Vila mesmo contrariando o regulamento -o que gerou crítica dos colombianos.
Além de perder uma arma importante como a pressão de sua
torcida no acanhado estádio,
Leão deve ficar também sem o poder de marcação e a criatividade
de Elano, que sofreu uma contusão grave na partida de Medellín.
O meia sofreu uma pancada no
joelho direito que atingiu o ligamento medial. A lesão é parecida
com a do atacante Ricardo Oliveira, que ficou 39 dias inativo até
voltar aos gramados, justamente
na semifinal de anteontem.
"Precisamos fazer uma avaliação mais detalhada, mas o caso
preocupa um pouco", afirmou o
médico Antônio Carlos Taira, que
acompanha a delegação do Santos na Colômbia. Se confirmada a
gravidade da lesão, Elano ficará
de fora das duas partidas finais.
Outro jogador que deixou o
campo contundido foi Robinho,
mas sua lesão não preocupa o departamento médico santista. O
atacante sofreu um trauma leve
no tornozelo e deve retomar os
treinos com bola amanhã.
O retorno de Ricardo Oliveira,
escalado de última hora por Leão,
foi aprovado pelo treinador e pelos médicos. O atacante, que estava se recuperando de uma lesão
no ligamento medial do joelho, só
ficou sabendo que jogaria horas
antes da partida.
"Tive que decidir quase na hora.
Saí com ele para bater uma bola
pela manhã, fazer um teste, mas
ainda mantínhamos dúvida. Dei
um aperto nele e no Taira e mandei-o ao jogo", afirmou Leão.
Com a classificação do Boca Jrs.,
o Santos mudou sua programação inicial e voltará ao Brasil. Os
atletas querem ficar perto da torcida antes da decisão. Se o classificado tivesse sido o América, a
equipe ficaria em solo colombiano -o time dormiu mais uma
noite no país até a definição do
adversário. A delegação deve desembarcar no Brasil amanhã.
Empolgado com a classificação
para a final da Libertadores, o
presidente do Santos, Marcelo
Teixeira, afirmou que nenhum jogador do atual elenco será negociado pelo menos até o final do
ano. O dirigente, que emprestou
dinheiro da família para o clube, é
o maior credor da equipe.
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