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São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2003

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FUTEBOL

Técnico do Santos queria disputar a final da Libertadores em casa, mas seu estádio foi vetado; rival será o Boca Juniors

Leão perde alçapão e encara Bombonera

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Da nada adiantou o técnico Leão "inchar" a Vila Belmiro em 30 mil lugares: a Conmebol confirmou que a final da Taça Libertadores, contra o Boca Juniors, será no Morumbi, dia 2 de julho.
O time argentino garantiu a vaga na decisão ao golear o América de Cali, fora de casa, por 4 a 0, ontem à noite. A primeira partida da final, que repetirá a decisão de 1963, será na quarta que vem, no La Bombonera, em Buenos Aires.
Pouco após a vitória sobre o Independiente Medellín, que classificou anteontem o time brasileiro para a final da competição, Leão afirmou que gostaria de decidir o título no alçapão santista.
"Afinal de contas, na Vila cabem 50 mil pessoas", disse o técnico, brincando -o regulamento prevê estádios para mais de 40 mil pessoas a partir da semifinal.
A exceção foi o confronto de ida entre Santos e Independiente, realizado na Vila mesmo contrariando o regulamento -o que gerou crítica dos colombianos.
Além de perder uma arma importante como a pressão de sua torcida no acanhado estádio, Leão deve ficar também sem o poder de marcação e a criatividade de Elano, que sofreu uma contusão grave na partida de Medellín.
O meia sofreu uma pancada no joelho direito que atingiu o ligamento medial. A lesão é parecida com a do atacante Ricardo Oliveira, que ficou 39 dias inativo até voltar aos gramados, justamente na semifinal de anteontem.
"Precisamos fazer uma avaliação mais detalhada, mas o caso preocupa um pouco", afirmou o médico Antônio Carlos Taira, que acompanha a delegação do Santos na Colômbia. Se confirmada a gravidade da lesão, Elano ficará de fora das duas partidas finais.
Outro jogador que deixou o campo contundido foi Robinho, mas sua lesão não preocupa o departamento médico santista. O atacante sofreu um trauma leve no tornozelo e deve retomar os treinos com bola amanhã.
O retorno de Ricardo Oliveira, escalado de última hora por Leão, foi aprovado pelo treinador e pelos médicos. O atacante, que estava se recuperando de uma lesão no ligamento medial do joelho, só ficou sabendo que jogaria horas antes da partida.
"Tive que decidir quase na hora. Saí com ele para bater uma bola pela manhã, fazer um teste, mas ainda mantínhamos dúvida. Dei um aperto nele e no Taira e mandei-o ao jogo", afirmou Leão.
Com a classificação do Boca Jrs., o Santos mudou sua programação inicial e voltará ao Brasil. Os atletas querem ficar perto da torcida antes da decisão. Se o classificado tivesse sido o América, a equipe ficaria em solo colombiano -o time dormiu mais uma noite no país até a definição do adversário. A delegação deve desembarcar no Brasil amanhã.
Empolgado com a classificação para a final da Libertadores, o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, afirmou que nenhum jogador do atual elenco será negociado pelo menos até o final do ano. O dirigente, que emprestou dinheiro da família para o clube, é o maior credor da equipe.


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