Secretário de Segurança Pública afirma que planejamento pode ser demorado

Segurança será divida entre governos federal e estadual com orçamento previsto de R$ 385 milhões; Forças Armadas também atuam

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A pouco mais de um ano do Pan-07, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, afirmou que há "problemas de prazo" para a organização da segurança. Corrêa deu a declaração pouco antes de fazer uma palestra, em Fortaleza, sobre a organização da segurança dos Jogos.
Ele não especificou quais eram os "problemas de prazo", mas falou na necessidade de licitações para a compra de equipamentos e do planejamento de ações, que são processos muitas vezes demorados.
Corrêa ressaltou que, ainda assim, não haverá risco ao evento. "Não vai haver qualquer risco, até porque o brasileiro é um povo pacífico e o Rio tem tradição de grandes eventos sem violência", afirmou.
Corrêa reafirmou que a base da organização da segurança do Pan está sendo a aproximação do governo com lideranças de comunidades que poderiam ser foco de possíveis conflitos no Rio. "Todas as vias de acesso ao Pan cruzam favelas. Se adotássemos só a repressão, seria como se declarássemos guerra."
Para a segurança do Pan, estão previstos gastos de R$ 385 milhões, a maior parte na compra de equipamentos, que depois poderão ser deslocados a outros Estados. Para Corrêa, os investimentos não servirão apenas para o evento, mas também para fortalecer todo o sistema de segurança nacional.
O Rio passará a abrigar a maior central de inteligência policial da América Latina, ocupando um andar inteiro da Central do Brasil. "O país estará preparado para qualquer evento, até para uma Copa", disse.
A responsabilidade pela segurança será dividida entre o governo federal e a Secretaria da Segurança Pública do Rio.
As Forças Armadas, disse Corrêa, irão colaborar com infra-estrutura e logística.


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