São Paulo, domingo, 20 de junho de 2010

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No 2º jogo, dificuldade é novidade

Desde inchaço da Copa, em 1982, Costa do Marfim é 1º rival poderoso

Brasil x Costa do Marfim Seleção de Dunga busca a 2ª vitória na Copa hoje, às 15h30, com TV

Ricardo Nogueira/Folhapress
O treinador Dunga, ontem, no treino no St. Stithians College

EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO

No caminho para seu sexto título mundial, a seleção brasileira encontrará um segundo round muito complicado.
Desde a edição de 1982, quando a Copa do Mundo passou a ser inchada e o nível técnico da primeira fase do torneio caiu consideravelmente, a equipe nacional não enfrenta um oponente considerado tão forte.
A Costa do Marfim, rival de hoje, às 15h30, no estádio Soccer City, tem um time com estrelas internacionais, um dos principais atacantes do mundo, Drogba, jogadores fortes fisicamente e promete ir a campo fechada, em um estilo de jogo que tem atrapalhado muito os brasileiros.
"Eu acho que vai ser nosso jogo mais difícil, pela força física, a maioria [dos marfinenses] atua na Europa, sabe jogar", disse Júlio Baptista.
Esse discurso tem sido adotado por todos os comandados de Dunga: a Costa do Marfim é bastante perigosa.
Um tropeço hoje complicará a chance de classificação à próxima fase e levará o Brasil a decidir a vaga contra a forte seleção portuguesa no chamado "grupo da morte". Uma vitória, por outro lado, assegura matematicamente um lugar nas oitavas.
"Sabemos que Copa é isso [decisão]. Aquele que não entrar bem não avança. A França não conseguiu resultados e não depende mais só dela", falou o goleiro Júlio César.
Desde a Copa de 1982, quando o Mundial passou a contar com 24 países (em 1998 houve novo aumento, para 32), o Brasil tem se deparado com rivais frágeis na segunda rodada. De lá para cá, sempre passou sem traumas por eles. Nesses confrontos, balançou as redes 18 vezes e foi vazado apenas uma.
Em 1978 eram 16 seleções, e o Brasil pegou a Espanha na segunda partida (0 a 0).
Desta vez, a frase de Dunga "o maior desafio sempre é o próximo" nunca foi tão adequada. Pressionado após a pouco convincente apresentação contra a Coreia do Norte, o técnico fechou mais um treino e testou alternativas para o meio-campo.
Por conta de uma lesão de Gilberto Silva, utilizou Josué como primeiro volante. Na estreia, a seleção foi bastante criticada pela lentidão na saída de jogo e pela pouca criatividade. Em sua defesa, Dunga afirma que, no conceito dele, o que vale é a vitória, não o jogo bonito e vistoso.
Anteontem, ele ensaiou jogadas, finalizações, tudo para tentar superar a prometida retranca marfinense.
Equipes que se posicionam defensivamente se tornaram o maior pesadelo para o treinador nesses quase quatro anos na seleção.
Foi o que se viu no 2 a 1 contra os norte-coreanos.


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