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No 2º jogo, dificuldade é novidade
Desde inchaço da Copa, em 1982, Costa do Marfim é 1º rival poderoso
Brasil x Costa do Marfim
Seleção de Dunga busca a 2ª vitória
na Copa hoje, às 15h30, com TV
Ricardo Nogueira/Folhapress
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O treinador Dunga, ontem, no treino no St. Stithians College
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO
No caminho para seu sexto
título mundial, a seleção brasileira encontrará um segundo round muito complicado.
Desde a edição de 1982,
quando a Copa do Mundo
passou a ser inchada e o nível
técnico da primeira fase do
torneio caiu consideravelmente, a equipe nacional
não enfrenta um oponente
considerado tão forte.
A Costa do Marfim, rival de
hoje, às 15h30, no estádio
Soccer City, tem um time com
estrelas internacionais, um
dos principais atacantes do
mundo, Drogba, jogadores
fortes fisicamente e promete
ir a campo fechada, em um
estilo de jogo que tem atrapalhado muito os brasileiros.
"Eu acho que vai ser nosso
jogo mais difícil, pela força física, a maioria [dos marfinenses] atua na Europa, sabe
jogar", disse Júlio Baptista.
Esse discurso tem sido
adotado por todos os comandados de Dunga: a Costa do
Marfim é bastante perigosa.
Um tropeço hoje complicará a chance de classificação à
próxima fase e levará o Brasil
a decidir a vaga contra a forte
seleção portuguesa no chamado "grupo da morte".
Uma vitória, por outro lado,
assegura matematicamente
um lugar nas oitavas.
"Sabemos que Copa é isso
[decisão]. Aquele que não entrar bem não avança. A França não conseguiu resultados
e não depende mais só dela",
falou o goleiro Júlio César.
Desde a Copa de 1982,
quando o Mundial passou a
contar com 24 países (em
1998 houve novo aumento,
para 32), o Brasil tem se deparado com rivais frágeis na segunda rodada. De lá para cá,
sempre passou sem traumas
por eles. Nesses confrontos,
balançou as redes 18 vezes e
foi vazado apenas uma.
Em 1978 eram 16 seleções,
e o Brasil pegou a Espanha
na segunda partida (0 a 0).
Desta vez, a frase de Dunga "o maior desafio sempre é
o próximo" nunca foi tão
adequada. Pressionado após
a pouco convincente apresentação contra a Coreia do
Norte, o técnico fechou mais
um treino e testou alternativas para o meio-campo.
Por conta de uma lesão de
Gilberto Silva, utilizou Josué
como primeiro volante. Na
estreia, a seleção foi bastante
criticada pela lentidão na saída de jogo e pela pouca criatividade. Em sua defesa, Dunga afirma que, no conceito
dele, o que vale é a vitória,
não o jogo bonito e vistoso.
Anteontem, ele ensaiou jogadas, finalizações, tudo para tentar superar a prometida
retranca marfinense.
Equipes que se posicionam defensivamente se tornaram o maior pesadelo para
o treinador nesses quase
quatro anos na seleção.
Foi o que se viu no 2 a 1
contra os norte-coreanos.
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