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"Pressões" guiam Itália por vitória
Sob críticas e pela primeira vez sem Buffon, equipe busca recuperação
LUCAS REIS
DE SÃO PAULO
Se pressão for um fator
motivacional, a Itália vai
voar em campo hoje contra a
Nova Zelândia, em tese o rival mais fraco do Grupo F.
A atual campeã do mundo
apenas empatou com o Paraguai na estreia e precisa mostrar mais futebol. Carrega
nos ombros o desafio de honrar o continente europeu, envergonhado pelos tropeços
das gigantes França, Espanha, Inglaterra e Alemanha.
A Azzurra também convive com críticas duras de sua
imprensa à falta de ofensividade e à alta média de idade
do elenco comandado pelo
técnico Marcello Lippi.
E, para deixar tudo ainda
mais complicado, não terá
hoje um de seus principais
ícones neste século.
Pela primeira vez desde a
Copa-1998, Gianluigi Buffon,
32, não estará no gol italiano.
Reserva no Mundial da França, foi titular em 2002 e um
dos heróis da conquista do título pela Azzurra em 2006.
Nos últimos 11 jogos e
meio da Itália em Copas -ele
saiu machucado no fim do
primeiro tempo contra o Paraguai-, Buffon estava lá.
No elenco atual, é um dos
únicos poupados das críticas
italianas e praticamente uma
unanimidade no país. Ontem, anunciou que fará uma
cirurgia para tratar de sua
hérnia de disco após a Copa.
Hoje, o titular será Marchetti.
Sob tanta pressão e com
tamanha desconfiança, o
técnico Lippi, campeão em
2006, esbraveja. "Temos que
melhorar na frente, mas, se
alguém tiver dúvidas, a Itália
estará lá com o coração, a cabeça e as pernas em alto nível", declarou o treinador.
Melhorar na frente significa, basicamente, fazer mais
gols. A marca registrada do
título de 2006 foi sua defesa
sólida. O ataque, por sua vez,
marcou 12 gols nos sete jogos. Não teve nem o melhor
ataque (a Alemanha marcou
14 vezes) nem o artilheiro.
Se não vencer hoje, ficará
em situação tão desconfortável quanto as outras potências da Europa. A Inglaterra
só empatou, os franceses correm sério risco de eliminação
precoce e a Espanha estreou
com derrota ante a Suíça.
Entre as chamadas "grandes" seleções europeias, apenas a Holanda conseguiu
duas vitórias em dois jogos.
Lippi, contudo, mostra
confiança. "Estou certo de
que melhoraremos. Mas até
agora não vi no Mundial nenhum time perfeito", disse.
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