São Paulo, segunda-feira, 20 de junho de 2011

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JUCA KFOURI

Molecada 100%


Com frutos da base, São Paulo se firma como um dos favoritos do Brasileiro como sempre é


ROGÉRIO CENI, Jean, Juan, Luiz Eduardo, Wellington, Casemiro, Lucas, Bruno Uvini e Henrique, todos em campo na ótima vitória são-paulina sobre o Ceará, que também jogou bem, em Fortaleza, são frutos das categorias de base do São Paulo.
Desses, nada menos que meia dúzia foi Paulo César Carpegiani quem pôs para jogar. Mas ele quase perdeu o emprego ao ser eliminado da Copa do Brasil para o Avaí. Que está na lanterna do Brasileirão, enquanto o tricolor é líder 100%.
Se o Palmeiras deu show na goleada do Canindé, o São Paulo, aos poucos, se firma como um dos favoritos como, aliás, sempre é.
Para se ver como a pressa é inimiga da perfeição do mesmo modo que é amiga da corrupção.

SIGILO SUSPEITO
Não dizer quanto tem para gastar numa obra pode fazer sentido entre particulares. Jamais entre o Estado e o fornecedor. Porque a sociedade tem o direito de saber quanto há de seu dinheiro para ser empregado aqui ou ali e por que é x ou y.
Manter segredo de um valor de referência não só não resolve lobby algum (os interessados podem perfeitamente se reunir antes e decidir que preço estão dispostos a cobrar), como pode aparecer um aventureiro e apresentar preços abaixo do previsto só para ganhar o serviço.
Se ficar mais caro depois, não há como apurar, e mesmo que fique no combinado, pode ser o barato que sai caro e como fato consumado. Sérgio Naya que o diga, embora não possa mais falar.

FHC, 80
Quem preferiu não se encontrar com Aécio Neves, a cavalo, ou com José Serra, com a santa, no jantar que comemorou os 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, tem a obrigação de, aqui, felicitá-lo e lembrar que o país deve a ele não só o Estatuto do Torcedor como a recentemente descaracterizada Lei da Moralização do Esporte.
Que ele editou como medida provisória contra tudo e quase todos, exceção feita, então, à liderança do PT. Os tucanos mesmo, para não melindrar os pefelistas, preferiam se fazer de mortos.
Mas, em plena Copa do Mundo de 2002, na Ásia, FHC não contemporizou com a bandidagem.
É auspicioso lê-lo como na belíssima matéria de ontem, nesta Folha, de Fernando Barros e Silva.
Aliás, nada pior para o esquálido PSDB do que uma eventual saída dele, embora fosse o melhor que poderia acontecer ao provocador, novamente na vanguarda. E aos 80! Invejável.

blogdojuca@uol.com.br

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